Segundo Franco Rotelli, a atitude epistemológica de transformar experiências de diversidade em doença serve à seguinte política:
valorizar a dimensão terapêutica originária da clínica, e transformar a relação entre observador e observado em um efeito do desvio do olhar inquiridor para a escuta analítica.
fundamentar filosoficamente o primado da experiência sobre o pensamento abstrato, e garantir a humanização da atenção e cuidados que os serviços substitutivos oferecem à comunidade.
conferir estatuto de autoridade àquele que tem a doença como objeto, e promover um lugar zero de trocas sociais para o indivíduo que tem a subjetividade sequestrada pelo modelo das ciências naturais.
integrar os agentes das equipes de cuidado sob a ótica da atenção biopsicossocial, e permitir a desospitalização do indivíduo que recupere o gozo da palavra e o poder instituinte da plena cidadania.
evidenciar a violência da institucionalização do saber médico acerca da loucura, e promover novos arranjos para o tratamento da doença que envolvam paciente, família e cuidadores em torno da habilitação para a vida.
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