O acesso universal ao tratamento e à prevenção do HIV e de doenças sexualmente transmissíveis possibilitou transformar o cenário da epidemia no Brasil. A diminuição nas taxas de transmissão vertical do HIV, a redução da morbimortalidade da infecção, bem como o aumento da expectativa e da qualidade de vida dos pacientes que vivem com HIV e AIDS são significativos, caracterizando o atual perfil crônico da doença. Sobre o manejo da AIDS, analise as afirmativas e assinale a alternativa INCORRETA.
- A. O esquema posológico da zidovudina em recém-nascidos e em crianças é: i) crianças com menos de 6 semanas de vida: 2 mg/kg de 6 em 6 horas ou 12 mg/kg de 12 em 12 horas; ii) criança de até 12 anos de idade: 180 mg/m2 de 12 em 12 horas, sendo a dose máxima de 300 mg de 12 em 12 horas; iii) crianças acima de 12 anos: 250 mg ou 300 mg de 12 em 12 horas.
- B. Em caso de exposição de alto risco ao HIV, deve-se introduzir terapia quimioprofilática imediata, mesmo na ausência de médico especialista. Nessa circunstância, recomenda-se a administração de monoterapia com zidavudina na dose de 600 mg de 12 em 12 horas, durante 4 dias.
- C. As classes disponíveis de antirretrivirais disponibilizadas pelo Ministério da Saúde do Brasil incluem os inibidores nucleosídeos da transcriptase reversa, a exemplo da zidovudina, os inibidores não nucleosídeos da transcriptase reversa, como o efavirenz, os inibidores de protease, tal como o ritonavir, os inibidores de fusão, a exemplo da enfuvirtida e os inibidores de integrase, como o raltegravir.
- D. Pacientes portadores do HIV assintomáticos com contagem de linfócitos CD4 acima de 500/mm3 não têm indicação para a terapia antirretroviral.
- E. Em caso de paciente portador do HIV com contagem de linfócitos CD4 abaixo de 200/mm3, pode-se prescrever coquetel politerápico contendo zidovudina, lamivudina e saquinavir.