Questão número 55797

Ana, com vinte e dois anos de idade, internada há dois meses, aproximadamente, em hospital psiquiátrico, apresenta discurso desorganizado, anormalidade motora, perturbações no padrão do sono e, por vezes, recusa alimentação, com base em suas crenças delirantes. A paciente relata que, todas as noites, enquanto todos dormem, baratas aglomeram-se a sua volta com o objetivo de morder sua cabeça. Ana justifica a queda de cabelo, relatada pela família da paciente em entrevista inicial, com a ação noturna dos insetos. Ela passa boa parte do tempo sozinha e mostra-se, comumente, resistente aos esforços de mobilização. Exceção a esse comportamento se dá, apenas, em dois momentos: pela manhã, ao recolher flores no jardim “para o seu próprio enterro” e ao se aprontar e se perfumar, para aguardar a família que “virá ao seu enterro”. Ambos os comportamentos repetem-se todos os dias, no mesmo horário.

Com referência ao caso clínico hipotético acima apresentado, assinale a opção correta.

  • A.

    Trata-se de caso de fobia específica, cujo objeto fóbico é a barata. O medo é acentuado e persistente, excessivo e irracional, em presença ou antecipação do objeto. No caso de Ana, é possível apontar comportamentos de esquiva ou antecipação ansiosa, além de sofrimento significativo com relação à situação temida.

  • B.

    O caso de Ana indica esquizofrenia catatônica, com base nos critérios diagnósticos de presença de delírios, discurso e comportamento desorganizado e ausência ou diminuição na reatividade ao ambiente.

  • C.

    O caso clínico em questão é compatível com esquizofrenia paranoide, diagnosticada com base na presença de discurso desorganizado, delírios e alucinações proeminentes, com relativa preservação do funcionamento cognitivo e do afeto.

  • D.

    O caso sugere o diagnóstico de transtorno da personalidade borderline, tendo em vista os sintomas de instabilidade de autoimagem e afetos, assim como comportamentos repetitivos e perturbação da identidade, associados aos delírios.

  • E.

    Apesar da presença de delírios, o caso corresponde ao transtorno de personalidade histriônica, pois Ana se coloca no “centro das atenções” com discurso intencionalmente desorganizado e excessivamente impressionista. Ao exibir teatralidade e expressão emocional exagerada, ela tenta convencer a terceiros de que precisa de atenção especial e de que seu caso é de gravidade relevante.

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