A um paciente foi prescrito um medicamento anticonvulsivante barbitúrico oral (fenobarbital), devido a problemas de crises convulsivas. Após alguns meses de tratamento, o paciente estava sentindo uma queimação no estômago (azia) e em uma conversa com o seu vizinho contou a ele o que estava sentindo. O vizinho, prontamente lhe indicou um medicamento que era tiro e queda e que ele nem precisava consultar o médico, pois ele já tomava o medicamento há algum tempo e nunca teve problemas. O medicamento indicado pelo vizinho era um antiácido, (hidróxido de alumínio + hidróxido de magnésio), que o paciente prontamente comprou na farmácia e logo começou a tomar. Após alguns dias de tratamento com o antiácido o paciente teve uma crise convulsiva apesar de tomar regularmente o anticonvulsivante. As crises se repetiram por várias vezes nos dias seguintes, devido à associação desses medicamentos pela incompatibilidade:
farmacológica, devido ao aumento da concentração plasmática do fenobarbital, atingindo níveis tóxicos, pela ação do antiácido
química, devido à epimerização do fenobarbital no meio básico do antiácido, diminuindo a eficácia do anticonvulsivante.
química, devido ao aumento do pH causado pelo antiácido, diminuindo a absorção e o efeito terapêutico do anticonvulsivante.
química, devido à ação quelante do anticonvulsivante, resultando em quelato insolúvel com o alumínio do antiácido, não absorvível, diminuindo a eficácia do anticonvulsivante
química, devido à diminuição do pH causado pelo antiácido, diminuindo a absorção e o efeito terapêutico do anticonvulsivante
{TITLE}
{CONTENT}
{TITLE}
Aguarde, enviando solicitação...