Em sua reflexão sobre a tradição filosófica, Heidegger utiliza a expressão "esquecimento do ser" para referir-se ao extravio da metafísica ocidental, que consiste em pensar o ser em função do ente. Tal extravio tem seu início com
os pré-socráticos, quando estes operam a transformação do sentido mítico da verdade, concebido como arkhé, em verdade concebida como alethéia.
Platão, quando este identifica o ser com as idéias, operando a transmutação do sentido da verdade como alethéia em verdade concebida como orthótes.
Nietzsche, quando este concebe o niilismo como eliminação da diferença entre mundo sensível e supra-sensível, iniciando a homogeneização dos entes
Descartes, quando este, através da certeza indubitável do cogito, privilegia o sujeito como o último fundamento de todos os outros entes.
Aristóteles, quando este concebe a verdade como adequação do pensamento à realidade, do enunciado à coisa, operando a transmutação da alethéia em orthótes
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