Da democracia grega fazia parte a isonomia, que é entendida, fundamentalmente, como a igualdade de todos perante a lei ou a igualdade da lei para todos os cidadãos.
Para os gregos, os escravos e bárbaros eram seres sem o domínio da palavra porque não eram seres humanos, mas meros animais.
Na vida política dos gregos, isonomia é entendida como isegoria, ou seja, liberdade de falar. O exercício político originário da linguagem consiste na conversa livre entre homens livres e iguais, em que se discute e se decide sobre os rumos da vida comum na polis.
Para os gregos, a palavra ou o discurso (logos) não tem importância, visto que o que importa na vida da comunidade política é agir.
Mesmo em uma relação despótica, dá-se o exercício político da linguagem, pois o déspota usa a palavra para dar ordens aos que lhe estão sujeitos e estes se utilizam da linguagem para obedecer às ordens.
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