Além da crítica de Heidegger, há outras críticas à racionalidade técnica no pensamento contemporâneo. Há toda uma tradição crítica que vai de Max Weber aos principais nomes da Escola de Frankfurt. Um ano antes de sua morte, em 1919, o sociólogo Max Weber (1864-1920) saudava o novo espírito da modernidade, mas advertia que o sutil manto da racionalização, que inicialmente estava a serviço do mundo da vida, tornara-se uma jaula de aço, na qual os filhos da modernidade, no ápice da civilização ocidental, corriam o risco de se tornarem especialistas sem espírito e hedonistas sem coração. O Nada seria o estado normal do último homem. A racionalização científica produzira um irreversível desencanto. Tendo comido do fruto da árvore do conhecimento, a humanidade tornava-se incapaz de fundar racionalmente valores últimos e escolhas de vida: É o destino de nossa época com a sua característica racionalização e intelectualização e, sobretudo, com o seu desencanto do mundo, pois justamente os valores últimos e mais sublimes são retirados da esfera pública para refugiar-se no reino extramundano da vida mística ou da fraternidade de relações imediatas entre os indivíduos.
Com referência a essa crítica de Max Weber, assinale a opção correta.Segundo Weber, o domínio da racionalidade técnica leva a um encantamento do mundo, pois o homem se encontra cada vez mais fascinado com suas invenções e suas possibilidades de dominação e exploração do real.
Segundo Weber, o predomínio da racionalidade técnicocientífica torna o homem mais esclarecido e lhe favorece a consciência dos valores éticos e, por conseguinte, as tomadas de decisão, tanto na vida privada quanto na vida pública.
Weber entende que a racionalização do mundo da vida é fundamental para o progresso e que esse progresso é o sentido último da história do homem.
Weber analisa que a modernidade é regida por uma racionalidade formal: o que interessa acima de tudo é o perfeito funcionamento do sistema, da máquina social. O indivíduo desencantado resigna-se: cada um deve fazer a sua parte, a totalidade lhe foge. Nesse contexto, o indivíduo pode ser presa fácil de líderes carismáticos, de ditadores e de totalitarismos.
Para Weber, o progresso da racionalidade técnico-científica é uma libertação para o homem contemporâneo.
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