O estudo sobre o episódio das sereias, concernente à Odisséia de Homero, é uma passagem emblemática da obra A dialética do esclarecimento, de Adorno e Horkheimer. Na Odisséia, Ulisses narra que, para sobreviver ao canto das sereias, tapou com cera os ouvidos dos marinheiros e mandou que o atassem ao mastro da nau sem, contudo, tapar seus próprios ouvidos. Amarrado, Ulisses ouviu o canto inebriante, mas não sucumbiu a ele. Seus nautas, por sua vez, não escutaram o canto e remaram incessantemente, surdos à beleza. Para Adorno e Horkheimer, as medidas tomadas por Ulisses quando seu navio se aproximou do território das sereias pressagiam alegoricamente a dialética do esclarecimento. Tendo o texto como referência inicial, assinale a opção correta com base na teoria de Adorno e Horkheimer.
Ulisses triunfa sobre as sereias, pois abdica do gozo de escutar seus cantos. No entanto, aos nautas é permitido o gozo desse canto, emblema do próprio gozo da arte.
Ulisses somente pode escutar o canto das sereias, porque escolheu sua própria prisão. Os remadores sabem que algo belo existe, mas também sabem que, para sobreviver, devem viver sem essa beleza.
Os remadores estão condenados a trabalhar sem o gozo completo da beleza, enquanto Ulisses, o chefe, tem direito ao gozo livre e completo do belo.
A atitude de Ulisses marca a libertação estética das classes sociais oprimidas, pois remando surdas sem parar, elas vencem as sereias.
O triunfo de Ulisses sobre as sereias constitui uma forma emergente de mito sobre a racionalidade, ou seja, representa a transformação da arte em magia.
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