No início da vida emocional, o bebê acredita que gera o mundo a sua volta. Baseado em uma condição fantástica onipotente, que reveste os primeiros contatos com o mundo, ele é o criador de seus objetos (leite, seio, mãe). Assim, podemos dizer que nascemos deuses e temos a vida para nos humanizar. (Miguel Marques, 1998.)
Sobre as teorias a respeito do processo do nascimento e primeira infância, assinale a alternativa incorreta:
Consciência psicológica da própria individualidade é descrita por Margaret Mahler como uma fase no relacionamento mãe-filho, que se segue ao estágio simbólico. No estágio de separação individuação, a criança começa a perceber a si mesmo como distinta da mãe e desenvolve um senso de identidade individual e uma imagem do self como objeto.
O ser humano, para Winnicott, nasce como um conjunto desorganizado de pulsões, instintos, capacidades perceptivas e motoras que, conforme progride o desenvolvimento, vão-se integrando, até alcançar uma imagem unificada de si e do mundo externo.
Para Rabinovich, para que experiências sejam impressas, é preciso que elas tenham um significado, o material não significativo não é registrado. Grande parte do significado das experiências é dado por meio de trocas com outro ser humano. Só uma relação recíproca ou "reciprocante" é capaz disso. O afeto materno orienta os afetos do bebê e confere qualidade de vida à experiência deste. É no (por e do interesse da mãe e da criança por esta) inter-essere (= entre seres) que a criança nasce, aparece e vem a ocupar o seu lugar no mundo.
Para Freud, nos primeiros meses de vida, a zona de erotização do bebê é a boca, as atividades prazerosas são em torno da alimentação (sucção). Quando o bebê aprende a associar a presença da mãe à satisfação da pulsão da fome, a mãe vem a ser um objeto à parte, ou seja, o bebê começa a diferenciar entre si próprio e os outros. Para este autor, os transtornos alimentares poderiam se dar às dificuldades na fase oral.
Para Wallon, a base das reações do recém-nascido é constituída por atos reflexos sobre os quais se montam cadeias simples de ações e, depois, cada vez mais complexas, até que um conjunto dessas ações se torne independente e forme um núcleo gerador de novas sínteses. Esses núcleos são a origem do ego rudimentar. Quando vários núcleos se unem é originado o superego.
{TITLE}
{CONTENT}
{TITLE}
Aguarde, enviando solicitação...