Gina Khalif Levinzon observou em sua experiência clínica com crianças adotivas que, no processo de transferência na psicoterapia psicanalítica, o "gostar do analista" provoca um alto nível de angústia, sendo que o analista, em muitos momentos, é sentido como uma figura
- A. perigosa, não confiável, que pode levar a criança novamente a situações de sofrimento insuportáveis que reeditariam suas experiências anteriores de abandono e rejeição.
- B. amável, dissipando a desconfiança de estarem entregues a um personagem sedutor ou perigoso que pode lhes trazer grande perigo.
- C. confiável, afastando o temor de perder o analista a quem se afeiçoaram ou de estar traindo seus pais adotivos com seu afeto pelo terapeuta.
- D. apavorante, apesar de que raramente as crianças adotivas recorrem a defesas maníacas para lidar com o perigo representado pelo sentimento de dependência e medo de perda do objeto.
- E. amistosa, sendo que a criança adotiva estabelece períodos intensos de transferência positiva, muitas vezes seguidos de situações de elaboração.