Duas psicólogas, lotadas em diferentes Distritos Sanitários Especiais Indígenas DSEIs , conversam. Maria, cujo local de trabalho é vizinho a uma cidade-dormitório, afirma: Nosso Serviço de Atenção à Crise está sempre cheio de gente!. Ao que retruca Ana: Não entendo. Nós, que estamos quase grudados a uma aldeia Caiapó, também criamos esse serviço, mas o desativamos, porque quase ninguém o procurava. Com base na leitura de DellAcqua e Mezzina, a diferença relatada pelas interlocutoras pode ser assim compreendida:
os indígenas desaldeados privilegiam a internação nas situações de crise
a demanda geradora de crise independe dos serviços de atenção oferecidos
o alívio em situações de crise é mais difícil para quem está privado de relações
a crise determina uma descontinuidade existencial nas comunidades indígenas
os serviços rurais colocam-se em crise com maior facilidade do que os urbanos
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