Este processo que nós chamamos de exclusão não cria mais os pobres que nós conhecíamos e reconhecíamos até outro dia. Ele cria uma sociedade paralela que é includente do ponto de vista econômico e excludente do ponto de vista social, moral e até político. (Martins, J. de S. Exclusão social e a nova desigualdade. São Paulo: Paulus, 1997, p. 34)
Um exemplo do quadro a que se refere o texto encontra-se
no crescimento das indústrias "de fundo de quintal", caracterizadas pela informalidade, baixos salários e violações das regras trabalhistas, como o uso de mão-de-obra infantil.
nas tribos indígenas que se utilizando de sua condição de "tutelados" pelo Estado podem infringir as leis do país sem punição alguma.
nas organizações vinculadas ao tráfico de drogas que, com as rendas desta atividade ilícita, dominam territórios e assumem, mesmo parcialmente, as tarefas do Estado.
na proliferação dos condomínios fechados, nos quais as parcelas mais ricas da população se encastelam, com a permissão do Estado, criando um apartheid espacial nas áreas urbanas.
no aparecimento de organizações como o MST que, com a conivência do Estado, recebem auxílio econômico internacional para a realização de invasões de terras.
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