Um rapaz de 25 anos de idade refere reconhecer como voz um som vindo do portão de sua casa. Essa percepção começou logo depois da morte de sua mãe, três meses antes, e o rapaz interpreta o fato como uma possível tentativa da mãe para se comunicar com ele. O fato tem gerado grande preocupação para a família, que teme pela sanidade mental do jovem. Familiares entrevistados relataram que o portão balança ao vento durante a noite e bate no portal, produzindo o ruído interpretado como voz. O rapaz já teria sido levado pelos familiares ao portão para observar esse movimento e constatar a origem do ruído. Ele foi, observou e concordou que o vento provoca a batida e o ruído, mas ainda insiste que o som produzido se assemelha a palavras cujo conteúdo seria tentativa de comunicação de sua mãe. O paciente não permitiu que o portão fosse trancado ou escorado, porque isso impediria a comunicação. A família informou também que o paciente não é alcoolista, não usa drogas ilícitas, não está em uso de qualquer medicamento, não é portador de doenças crônicas ou infecciosas no momento e não tem histórico de transtornos psicológicos ou psiquiátricos diagnosticados.
Na situação acima relatada, se o rapaz fosse levado ao serviço de psicologia clínica de um hospital público, seria correto o psicólogo que o atendesse concluir que
a alteração descrita pode ser um automatismo mental, decorrente da forte emoção que o paciente sofreu com a morte da mãe.
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