Depois de quebrar a casa inteira, procurando câmeras escondidas e gravadores de voz, afirmando que existiam pessoas que queriam adentrar em sua intimidade, Ana, de quarenta e dois anos de idade, chega ao pronto-socorro do hospital psiquiátrico acompanhada das duas filhas. Estas relatam que esses comportamentos esquisitos (sic) apareceram logo que a mãe perdeu os dois irmãos num acidente de carro, há duas semanas. Ao serem questionadas a respeito desses comportamentos, as filhas relataram que ela ficou muito confusa, falava coisas sem sentido, mudava de humor muito rápido; por vezes chorava, por vezes, ria; chegava a ficar parada, como se estivesse olhando para um ponto fixo, por mais de uma hora.
Com relação ao caso clínico acima, assinale a opção correta.Ana apresenta critérios adequados ao diagnóstico de psicose reativa breve, devido à ocorrência de delírios e de desordem emocional em decorrência de um evento significativamente estressante. Nesses casos, a duração do episódio de perturbação poderá permanecer por até um mês, com eventual retorno completo ao nível de funcionamento pré-mórbido.
A hipotimia e a apatia são sintomas que fazem parte do quadro de Ana. Nesse sentido, é possível afirmar que se trata de um transtorno mental afetivo, com incidência de alucinações e sintomas depressivos.
O quadro de Ana atende a critérios para classificação como transtorno delirante, haja vista que o impacto do delírio não compromete o funcionamento social e afetivo. Além disso, os episódios de humor ocorrem durante o delírio, com duração total breve.
O quadro de Ana aponta para uma esquizofrenia indiferenciada, haja vista que o episódio de perturbação inclui fases prodrômicas e ativas e não consta, no relato das filhas, presença de afetividade embotada.
O relato condiz com um distúrbio esquizoafetivo devido aos sintomas proeminentes de humor, além de delírios e alucinações.
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