"Os presidentes de São Paulo, Jorge Tibiriçá, Rio de Janeiro, Nilo Peçanha e Minas Gerais, Francisco Sales, se reuniram ontem (25/02/1906) em Taubaté para tentar uma solução para a crise que ameaça o setor cafeicultor brasileiro. Como a previsão para este ano é de uma safra de 12 milhões de sacas e, da colheita do ano passado, ainda estão estocadas 4 milhões, o Brasil, sozinho, terá mais café para vender do que o mundo inteiro é capaz de beber. Tudo isso leva a crer que o preço do café, que corresponde a 56,9% das exportações brasileiras, terá este ano a maior queda de sua história." (Jornal do Século. Jornal do Brasil, 2001). O fato descrito na reportagem teve ampla repercussão e afetou os rumos de nosso país. Em relação do desfecho desse fato:
foi feito um acordo entre o governo e a Liga das Nações para que se recebesse verba do Banco Mundial para contornar a crise no setor agrícola, iniciando-se uma escalada de endividamento externo brasileiro e a dependência ao FMI.
os cafeicultores revoltados com a burocracia e lentidão do governo provocam uma revolução, derrubam o governo eleito e o substituem por Getúlio Vargas que debanda a crise.
o convênio de Taubaté, acordo firmado pelos três governadores, definiu que o governo brasileiro compraria o excesso de café para evitar a queda do preço.
a falta de solução e a conseqüente burocracia do governo republicano leva os produtores de café à falência, provocando a maior onda de protestos do período denominado "República Velha".
não se consegue chegar a nenhum acordo entre os três estados e por isso quem assume a liderança do processo é o presidente da República Rodrigues Alves que cria o Instituto Nacional do Café.
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