A percepção dos problemas dos mundos do trabalho é um dos elementos básicos para a compreensão do tempo presente. Sabe-se que, sobretudo a partir dos anos 1980, processaram-se transformações fundamentais que levaram alguns autores a considerar a emergência de um "modelo flexível" de acumulação capitalista. No que tange aos processos e mercados de trabalho, a chamada flexibilização tem envolvido:
terceirização de atividades e fortalecimento da autonomia dos trabalhadores, cada vez mais protegidos em função da expansão dos direitos trabalhistas.
multiplicação dos tipos de regime e contratos de trabalho, incluindo contratos de curto prazo ou temporários, trabalho em tempo parcial e subcontratação, geralmente resultando no enfraquecimento da capacidade de organização dos trabalhadores.
exigência de um trabalhador com perfil profissional altamente especializado, capaz de realizar de forma adequada poucas tarefas de caráter fragmentado e repetitivo, compensado por altos salários e grande número de benefícios sociais.
a valorização do trabalho de mulheres, afrodescendentes e membros das chamadas minorias étnicas como mão-de-obra privilegiada.
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