Segundo Perry Anderson, na Antigüidade clássica a escravidão era o vínculo que unia cidade e campo, para o desmedido benefício da polis, pois ela
nunca foi um tipo predominante de apropriação de excedentes de produção rural no mundo grecoromano, mas promoveu o comércio interlocal de produtos agrícolas e artesanais de um extremo a outro do Mar Mediterrâneo.
tanto estabeleceu uma economia voltada para o mercado interurbano no Mediterrâneo, quanto favoreceu a implantação de uma economia de escravos na manufatura que permitiu o florescimento da civilização urbana grega.
tanto mantinha a agricultura cativa que permitia o dramático distanciamento de uma classe dominante urbana de suas origens rurais, quanto promovia o comércio interurbano que era complemento desta agricultura no Mediterrâneo.
tanto incentivava os escravos a executar atividades agrícolas nas propriedades rurais, quanto favorecia os cativos a fazer tarefas econômicas relacionadas a um pequeno comércio nas cidades da orla do Mediterrâneo.
sempre representou uma categoria muito baixa de dependência e falta de liberdade que se estendia acima da escala social, mas transformou-se num sistema auxiliar de produção para as grandes cidades do Mar Mediterrâneo.
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