História - História do Brasil - FUNRIO Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência (FUNRIO) - 2007
A caricatura do Imperador dom Pedro II e a fala de Joaquim Nabuco, líder político do Império, apontam para algumas características que presidiram a construção e a consolidação do Estado Nacional Monárquico, revelando, através das permanências e mudanças da história do Brasil, como os princípios do liberalismo em voga na Europa se adequaram à "antiga ordem", legitimando uma sociedade escravista e autoritária. A afirmativa que caracteriza o difícil processo de consolidação do Estado Nacional Monárquico no Brasil é:
dadas as amplas prerrogativas do Poder Moderador, conforme mostra a caricatura, houve uma sucessão de trinta e seis gabinetes durante o governo de D. Pedro II, enfraquecendo o regime parlamentarista, fazendo eclodir novas revoltas nas províncias do norte e nordeste e tornando o recurso às armas mais uma vez necessário
diante da instabilidade política que caracterizou a Regência, ameaçando a ordem escravista, o imperador D. Pedro II garantiu a unidade territorial e consolidou a monarquia com base nas prerrogativas do Poder Moderador, criando, por decreto, no ano de 1847, o cargo de presidente do Conselho de Ministros por ele indicado, o que permitia aos liberais e aos conservadores se revezarem no poder e imporem os seus interesses políticos nas eleições
como D. Pedro II não conseguiu pacificar as províncias, mesmo com apoio de membros do Exército, ele se viu obrigado a transferir para o Conselho de Ministros a difícil tarefa de consolidação do Estado Nacional, com base no unitarismo, o que resultou no enfraquecimento do Poder Moderador
os dois grandes partidos imperiais – o Liberal e o Conservador – se formaram plenamente em fins da década de 1830, e tinham sérias diferenças sociais e político-ideológicas, o que os levou a rivalizarem entre si, impossibilitando qualquer acordo e dificultando a consolidação de um regime monárquico centralizado
um dos fatores determinantes para a afirmação do Estado Monárquico foi a autonomia que as províncias conquistaram após a Regência, garantindo a estabilidade política, permitindo a defesa dos interesses regionais na Corte e, desse modo, diminuindo o domínio exclusivo do Sudeste sobre o restante do Império
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