História - História do Brasil - FUNRIO Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência (FUNRIO) - 2007
Getúlio Vargas alçou à condição de líder da sociedade, bem como difundiu as ações do Estado Novo associadas à sua imagem, através de intensa propaganda governamental, veiculada pelo DIP, e da valorização da educação cívica nas escolas. O estabelecimento de datas oficiais reforçava a necessária identificação entre chefe e coletividade, explicando porquê trabalho e trabalhador passaram a figurar, fortemente, nos discursos presidenciais veiculados no rádio. Todos deveriam servir ao Brasil para colocá-lo no caminho do progresso e da opulência econômica. Sobre a política trabalhista do Estado Novo, é pertinente dizer:
Dia do Trabalho, por iniciativa de Vargas, tendo em vista harmonizar os interesses entre capital e trabalho e, assim, promover, um pacto político que almejava o desenvolvimento econômico com harmonia social
o estabelecimento do salário-mínimo, no ano de 1949, ao invés de representar um poderoso instrumento de acumulação de capital urbano-industrial, fixou-o em níveis acima dos biológicos, garantindo a elevação do valor da força de trabalho e, conseqüentemente, melhorando as condições de vida da classe operária
como a legislação previdenciária, a criação da Justiça do Trabalho, a lei de Sindicalização e a Consolidação das Leis do Trabalho foram decretadas em uma conjuntura de desgaste do Estado Novo para fortalecer o compromisso político com as classes trabalhadoras, as mesmas não conseguiram ser mantidas após a deposição do ditador Getúlio Vargas, rompendo com o pacto populista
se o discurso de colaboração entre as classes em prol do desenvolvimento econômico e da paz social foi historicamente relevante para legitimar o projeto político varguista, o mesmo não conseguiu se perpetuar após a deposição do ditador, resultando em forte oposição dos operários e na eclosão de movimentos sociais, liderados pelas classes médias, que destruíram o trabalhismo de Getúlio Vargas
a necessidade de preservar o legado de Vargas, no que se refere à possibilidade de emergência controlada dos setores urbanos subalternos, especialmente do proletariado no cenário político, é fundamental para entender a fundação do Partido Social Democrático (PSD), às vésperas do golpe, visto que o pacto político implicava no reconhecimento institucional do acesso do trabalhador à cidadania
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