"(...) se procura fazer a colônia de Mato Grosso tão forte e poderosa que contenha os vizinhos em respeito e organize a administração." (Conselho Ultramarino)
A partir do texto acima, pode-se afirmar que a criação da capitania de Mato Grosso, em 1748, está ligada ao interesse português em:
garantir a posse da região que pertencia a Portugal desde a assinatura do Tratado de Tordesilhas (1494), mas que fora relegada a segundo plano durante os séculos XVI e XVII;
afirmar o poderio da Coroa portuguesa na região após o fracasso do empreendimento do donatário da capitania de Minas Gerais que englobava a região matogrossense;
consolidar o domínio no território a oeste da linha de Tordesilhas, conquistado e ocupado pelos colonos portugueses, evitando o avanço das missões jesuíticas espanholas sobre essas terras;
combater os sucessivos conflitos entre colonos portugueses e os comerciantes espanhóis que desde meados do século XVII pretendiam explorar as riquezas da floresta;
neutralizar a ação dos comerciantes franceses, pois desde o fim da França Equinocial faziam investidas sobre a região mato-grossense com o objetivo de aí instalar uma nova colônia.
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