História - História Geral - FUNRIO Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência (FUNRIO) - 2007
As novas práticas de leitura e de escrita a partir do Renascimento se relacionaram a uma nova concepção de homem, de socied
a sua extensão a todos os membros das sociedades européias; no início da modernidade esteve articulada a um processo de secularização, o que possibilitou a emergência de outras explicações sobre o homem e o universo correlatas à idéia de um espaço individual dedicado ao estudo e à meditação
as críticas ao monopólio da leitura e da escrita, exercido pelos sábios eruditos da Igreja Católica durante o Medievo, foram obra de um emergente grupo de intelectuais que, no entanto, não tiveram condições históricas para redefinir as formas de elaboração e de apropriação do saber no Ocidente
o novo modo de ser e estar em sociedade, instaurado pela maior importância da vida privada, difundiu-se em ritmo similar por toda a Europa, fazendo com que as relações silenciosas e íntimas dos indivíduos com o livro substituíssem as práticas antigas que valorizavam a leitura em voz alta e a expressão do coletivo
a escolarização universal, característica do século XIX, relacionou-se, diretamente, a uma visão secular de educação para crianças e adolescentes, em locais adequados, desde o Renascimento, reforçando a separação entre o espaço público e o espaço privado, enquanto um dos ícones da modernidade
o recuo das instituições eclesiásticas e a crise das representações teológicas permitiram, progressivamente, uma nova concepção de cultura que destacou as capacidades inatas do homem, valorizando a introspecção e o trabalho intelectual individual por parte de uma elite letrada
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