O desenvolvimento histórico das políticas de saúde demonstra que os modelos de atenção podem ser compreendidos em relação às condições socioeconômicas e políticas produzidas nos diversos períodos históricos de organização da sociedade brasileira. A partir disso, não é correto afirmar que:
- A. O modelo biomédico, estruturado durante o século XIX, reduz o processo saúde-doença à sua dimensão anatomofisiológica, excluindo as dimensões histórico-sociais, focando suas estratégias de intervenção no corpo doente.
- B. O modelo preventivista expandiu o paradigma microbiológico da doença para as populações, constituindo-se como um saber epidemiológico e sanitário, visando à organização e à higienização dos espaços humanos bem como promovendo intensas transformações na infraestrutura social no sentido de condições de vida digna para todos.
- C. O modelo campanhista foi influenciado por interesses agroexportadores no início do século XX e baseou-se em campanhas sanitárias para combater as epidemias, implementando programas de vacinação obrigatória, desinfecção dos espaços públicos e domiciliares e outras ações de medicalização do espaço urbano, que atingiram, em sua maioria, as camadas menos favorecidas da população. Esse modelo predominou no cenário das políticas de saúde brasileiras até o início da década de 1960.
- D. O modelo previdenciário-privatista teve seu início na década de 1920 sob a influência da medicina liberal e tinha o objetivo de oferecer assistência médico-hospitalar a trabalhadores urbanos e industriais, na forma de seguro-saúde/previdência. Esse modelo é conhecido também por seu aspecto hospitalocêntrico.