Questão número 60028

Quanto ao Modelo Cognitivo para a Psicopatologia da Dependência e uso de substâncias psicoativas de Beck, é INCORRETO afirmar:

  • A. As experiências de vida precoce podem influenciar o desenvolvimento de uma crença básica disfuncional. Diante de situações específicas, crenças e suposições serão ativadas e o indivíduo desenvolverá padrões comportamentais denominados de estratégias compensatórias. As estratégias compensatórias visam aliviar a aflitiva crença básica. Diversas situações de vida podem ativar a mesma crença básica. Entretanto, para cada situação, o comportamento pode variar.
  • B. As crenças relacionadas à droga mantêm uma relação coerente com as crenças básicas de caráter mais genérico. Assim, o modelo cognitivo postula que a dependência é resultado da interação entre o contato inicial com a droga e as cognições que se formarão por influência das crenças básicas. Não são, portanto, todas as pessoas que, ao ter contato com a droga, desenvolverão dependência.
  • C. Marlatt descreve: "A Prevenção de Recaída (PR) é um programa de manejo que visa melhorar o estágio de manutenção do Processo de Mudança de Hábitos". A PR complementa aos modelos de doença e moral, admitindo que a dependência química é um mau hábito adquirido e passível de mudança, com a participação do paciente. Para tanto, é necessário explorar de modo afícuo as atitudes e os comportamentos que facilitam a manutenção do hábito.
  • D. As crenças relacionadas às drogas são de duas naturezas: 1) facilitadoras e 2) de expectativas positivas. O paciente, ao avaliar sua situação de estudante como muito árdua, começa a pensar que “merece” descontrair-se no bar durante o período da tarde; que beber “melhora o estresse” e que vai ser “agradável a conversa com os amigos”. Estas crenças são suficientes para eliciar pensamentos automáticos como “vou beber” e desencadear a fissura. Outras crenças, agora na vigência da fissura, aparecem: são crenças facilitadoras. Por exemplo, “não consigo suportar a vontade”; “só há um modo de melhorar essa vontade: usar!”. Esse conjunto de cognições impulsiona o paciente ao uso, fechando um ciclo cognitivo para o uso continuado da droga.
  • E. De acordo com Proshaska e DiClemente, a motivação do paciente segue uma espiral constituída dos seguintes estágios: 1) pré-contemplação: o paciente não reconhece que tem problemas relacionados ao uso de substâncias psicoativas; 2) contemplação: o paciente reconhece que tem um problema, porém, não consegue mudar seu comportamento, nem seu estilo de vida para atingir, como meta, a abstinência; 3) ação: o paciente reconhece seu problema relacionado ao uso de drogas psicoativas e se compromete a mudar seu comportamento através de estratégias eficazes (mudança do estilo de vida, reconhecimento e enfrentamento de situações de risco, etc); 4) manutenção: o paciente, uma vez que conseguiu atingir a abstinência, toma decisões no sentido de manter o novo comportamento.
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