Jurandir Freire Costa, no artigo As éticas da psiquiatria (Figueiredo, A. C. e Filho, J. F., 2001) elenca três tipos de conceitos de ética que existem na assistência: ética da tutela, ética da interlocução e ética da ação social. Dispensando uma discussão sobre a natureza histórico-filosófica do tema, ele define a ética, de uma forma geral, como
- A. toda ação, estado ou intenção, que podem ser interpelados no âmbito do isto é certo ou errado, ou que podem ser justificados com base em razões dessa ordem. Normalmente ela gira em torno de valores.
- B. um posição prévia de definição do indivíduo enquanto privado de razão e de vontade. É a aproximação máxima entre a moral do que deveria ser e a moral daquilo que é. O instituído é pouco criticado.
- C. toda ação, estado ou intenção, que podem ser interpelados no âmbito do isto é certo ou errado, ou que podem ser justificados em evidências empíricas, como garantia de legitimação última do que é dito.
- D. a moral privada, onde a referência ao instituído é facilmente desfeita em nome da criação e recriação, com velocidade e intensidade diversas, mas com uma flexibilidade muito maior que a de recriação de crenças.
- E. um modelo da ética pública, onde sujeito e agente da assistência definem-se como pares, normalmente como cidadãos, e há sobretudo a vontade de renovar o instituído, de abrir espaço para a ação.