Segundo Santos, na área acesso à universidade, a maior frustração na década de 2000 foi a de que o objetivo de democratização do acesso na maioria dos países não foi conseguido. Os fatores de discriminação, sejam eles a classe, a raça, o sexo ou a etnia, continuaram para fazer do acesso uma mistura de mérito e privilégio. Isto posto, em vez de democratização, houve massificação e uma forte segmentação do ensino superior com práticas de autêntico dumping social de diplomas e diplomados. Sendo assim, propõe ideias mestras para pautar a área de acesso. São elas:
- A. incentivos para parcerias ativas, no domínio pedagógico e científico, com as escolas públicas; reestruturação do ENEM; programas de ação afirmativa (cotas e outras medidas) para acesso e acompanhamento.
- B. incentivos para parcerias ativas, no domínio pedagógico e científico, com as escolas públicas; gratuidade na universidade pública com bolsas de manutenção aos estudantes das classes trabalhadoras; reestruturação do ENEM.
- C. incentivos para parcerias ativas, no domínio pedagógico e científico, com as escolas públicas; gratuidade na universidade pública com bolsas de manutenção aos estudantes das classes trabalhadoras; programas de ação afirmativa (cotas e outras medidas) para acesso e acompanhamento.
- D. reestruturação do ENEM; extinção da gratuidade na universidade pública, exceto para oriundos da classe trabalhadora; programas de ação afirmativa (cotas e outras medidas) para acesso e acompanhamento.
- E. incentivos para parcerias ativas, no domínio pedagógico e científico, com as escolas públicas; extinção da gratuidade na universidade pública, exceto para oriundos da classe trabalhadora; programas de ação afirmativa (cotas e outras medidas) para acesso e acompanhamento.