Pedagogia - Processo de ensino-aprendizagem - Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (FADESP) - 2008
Leia com atenção o texto abaixo:
"Frases do tipo 'vamos acertar isso lá fora?' e até tapas já fazem parte do dia-a-dia de professores. Segundo a pesquisa da Unesco, um dos principais motivos das ameaças dos alunos a professores é a desavença causada por notas baixas, pelo nível de exigência e por falhas disciplinares. Em 19 anos de profissão, S. G., de 37, nunca imaginou apanhar de aluno. 'Ele tinha 10 anos e começou a agredir um colega na sala de aula. Quando falei que iria mandá-lo para a direção, comecei a receber vários tapas. Gritei e o vigia me salvou. Fiquei com hematomas', lembra. As carteiras são empilhadas até o teto da sala de aula. Os alunos divertem-se escalando a torre que, sem capacidade de resistir a tanto peso, desmorona e espalha destroços; na maioria das vezes as paredes são pichadas. Essa cena é comum numa escola estadual do bairro Santa Terezinha, na região metropolitana de São Paulo. É quase uma tradicional brincadeira das sextas-feiras. Resignado, o diretor se sente impotente para conter a baderna. Por um simples motivo: 'Tenho medo', reconhece, acostumado a consertar semanalmente as carteiras depredadas".
DIMENSTEIN, Gilberto. Ao mestre com porrada. Folha de S.Paulo, São Paulo, 3 jun. 2001. Cotidiano, p. 10)
Considerando-se as reflexões de Dimenstein e o papel do lúdico na formação de crianças e adolescentes, pode-se afirmar que
a desvalorização do movimento natural e espontâneo da criança, em favor do conhecimento formal, é prejudicial para sua formação, visto que a brincadeira e o jogo são importantes meios de estimular a atividade construtiva da criança. É necessário que o professor procure favorecer cada vez mais o contato da criança com o ambiente físico, com brinquedos, com brincadeiras e com outras crianças, transformando a escola em um ambiente atraente.
os alunos, na adolescência, buscam superar seus limites, o que os leva, muitas vezes, a testar a autoridade, a desrespeitar os mecanismos sociais repressivos e até a praticar atos criminosos. Nessa fase natural do desenvolvimento humano, as atividades de caráter lúdico pouco interferem.
há necessidade de que os alunos sejam mais disciplinados; por isso, o papel da escola é estabelecer limites por meio de punições capazes de controlar a agressividade e as transgressões das regras escolares. Tratar essas questões de forma simbólica é pouco eficiente.
a escola tem vivenciado um aumento da agressividade e da violência, em diversos momentos, especialmente nos intervalos entre as atividades formais. Isso decorre da existência de muitos espaços de recreação livre.
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