Quem passa pela porta da sala de aula da professora Lívia e observa a classe acha que a indisciplina reina no lugar. Alguns alunos, de pé, circulam entre os grupos, dando palpites no trabalho alheio. Muitos falam ao mesmo tempo, parecendo negociar pontos de vista. Outros prendem papéis nos murais, enquanto poucos escrevem numa tabela. A professora percorre a sala, buscando a interação com os alunos.
Esta narrativa está fundamentada numa concepção de disciplina, segundo Aquino (1996), em que prevalece o olhar baseado numa perspectiva:
psicológica, na qual a indisciplina é resultado de uma carência psíquica infra-estrutural.
socio-histórica, na qual a indisciplina se torna força legítima de resistência.
social-condicionante, na qual a pobreza e as carências alimentares geram situações de indisciplina.
ético-moralizante, na qual se constata que a crise de valores atinge o espaço escolar.
do conhecimento e da relação professor-aluno, na qual a agitação é catalisadora do ato de conhecer.
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