O texto adiante é um fragmento do romance autobiográico Infância, de Graciliano Ramos, publicado em 1945. Leia-o e responda a questão proposta.
Poder ser alguém em uma sociedade, para muitas pessoas sempre esteve ligado ao fato de ter conhecimento da letra, ser letrado. O pai tinha consciência da importância do poder que tinha a escrita, pois, em sua concepção, um homem letrado era um homem sabido que possuía armas terríveis, as letras. No entanto, o sujeito aprende a ler, mas não adquire, muitas vezes, a capacidade de fazer uso da escrita. Como aconteceu com o menino: Certamente meu pai usara um horrível embuste naquela maldita manhã, inculcando-me a excelência do papel impresso. Eu não lia direito, mas, arfando penosamente, conseguia mastigar os conceitos sisudos: A preguiça é a chave da pobreza Quem não ouve conselhos raras vezes acerta Fala pouco e bem: ter-te-ão por alguém. Esse Terteão para mim era um homem, e não pude saber que fazia ele na página inal da carta. As outras folhas se desprendiam, restavam-me as linhas em negrita, resumo da ciência anunciada por meu pai. - Mocinha, quem é Terteão? Mocinha estranhou a pergunta. Não havia pensado que Terteão fosse homem. Talvez fosse. Fala pouco e bem: ter-te-ão por alguém. - Mocinha, que quer dizer isso? Mocinha confessou honestamente que não conhecia Terteão. E eu iquei triste, remoendo a promessa de meu pai, aguardando novas decepções. Relativamente às formas e à colocação de pronomes, podemos airmar corretamente que:{TITLE}
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