Língua Portuguesa - Estilística - Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (VUNESP) - 2012
Em relação à repetição nos textos, Koch (2008, p. 93) discorre que a escola, tradicionalmente,
tem-na como relevante estratégia de ensino do texto escrito, o que já se dá nos anos iniciais, com as cartilhas, em que a repetição funciona como forma de produção de sentido e leva os alunos ao domínio dos padrões básicos de textualidade.
tem-se oposto ao seu uso nos textos escritos, mas considerado como estratégia de interação no caso dos textos orais. Tal encaminhamento tem permitido, por exemplo, que as crianças distingam a especificidade do texto falado e a do texto escrito.
tem-na absorvido como importante estratégia de ensino, uma vez que as crianças e as pessoas em geral mostram-se interessadas nessa forma de comunicação, o que se comprova, por exemplo, em situações formais ou em discursos altamente formalizados, em que a repetição é constituinte na produção de sentido.
tem-se afastado de sua abordagem como estratégia de ensino, seja no texto falado, seja no texto escrito, uma vez que ela não pode ser associada a uma estratégia cognitiva producente, como bem o atestam as teorias atuais ligadas ao processamento cognitivo do discurso.
tem-na criticado, associando-a a redundância e circularidade na exposição das ideias, ressalva feita aos casos em que se trata de emprego como recurso estilístico consciente. No entanto, as crianças e as pessoas em geral gostam de repetir provérbios e frases feitas, bordões etc., o que justifica tomá-la como forma de aprendizagem.
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