Farmacovigilância
Por Helaine C. Capucho (adaptado).
Farmacovigilância, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é a ciência relativa à detecção, avaliação, compreensão e prevenção dos efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados a medicamentos. Ao definir esse conceito, no ano de 2002, a OMS ampliou o escopo da farmacovigilância, contemplando quaisquer problemas relacionados a medicamentos, como queixas técnicas, erros de medicação e interações medicamentosas.
A Política Nacional de Medicamentos (Brasil, 1998), divulgada pelo Governo Federal brasileiro, em abril de 1999, afirmava que as ações de farmacovigilância, além de tratar de eventos adversos e queixa técnica a medicamentos, deviam ser utilizadas também para assegurar o seu uso racional, reorientando procedimentos relativos a registro, forma de comercialização, prescrição e dispensação de produtos.
Os serviços de farmacovigilância, dentre outras atividades, recebem notificações de efeitos adversos a medicamentos, feitas pelos diferentes usuários destes produtos, e têm o papel de analisar essas notificações e disparar ações com o intuito de prevenir, eliminar ou, pelo menos, minimizar riscos de danos à saúde dos pacientes e dos profissionais.
Efeitos adversos com medicamentos acontecem frequentemente com pacientes hospitalizados. A ocorrência desses efeitos, em hospitais, pode levar a um aumento do tempo de internação e de custos (VAN DEN BENT et al, 1999). Assim, a detecção precoce e o diagnóstico de efeitos adversos a medicamentos tornam a farmacovigilância um importante instrumento para a saúde pública.
Cotidianamente, os farmacêuticos hospitalares brasileiros desenvolvem ações de farmacovigilância, mesmo que tais ações não estejam ligadas a um serviço formalizado, pois esses profissionais estão constantemente atendendo a solicitações dos profissionais de saúde acerca de problemas com medicamentos, como alterações de coloração, dificuldades de reconstituição de pós-liofilizados, reações adversas apresentadas pelos pacientes, falta de efeito terapêutico.
Entretanto, muitos hospitais do Brasil ainda não possuem serviços formalizados de farmacovigilância. Atualmente, a maioria desses serviços é encontrada em hospitais ligados à Rede Brasileira de Hospitais Sentinela da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e em hospitais que participam de algum programa de certificação de qualidade.
Disponível em: https://bit.ly/3qt3tsa.
Leia o texto 'Farmacovigilância' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:
I. A farmacovigilância é uma ciência que cria conhecimentos, procedimentos e métodos que auxiliam os profissionais farmacêuticos na elaboração de laudos sobre viroses e bacterioses, a fim de determinar o diagnóstico de uma infecção difusa.
II. As informações presentes no texto levam o leitor a entender que a farmacovigilância representa um conjunto de processos necessários para a validação de um medicamento para uso em humanos antes de serem finalizados os testes em laboratórios ou em cobaias.
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