Luana, de 8 anos de idade, foi diagnosticada com câncer há 20 dias. Os pais relatam que a criança, logo que soube, ficou mais quieta, calada e isolada; mantém-se boa parte do tempo em seu quarto e chora com frequência desde o início. Preocupada com o tratamento, ela sempre faz o seguinte questionamento aos pais ou mesmo ao médico responsável pelo caso: Qual será o próximo passo? (sic). Pede que não lhe escondam nada. Diz ter medo da morte. Há uma semana, em um dos momentos a sós com os pais, ela declarou: Sinto que sou um peso para vocês. Tenho medo de nunca mais poder voltar à escola. Não entendo por que isso aconteceu logo comigo. Queria só poder ter minha vida de volta... sair desse hospital, ir para a escola, fazer meus deveres, encontrar meus amigos e passear com minha família. Tenho certeza de que vocês também pensavam em outras coisas pra mim. Não é justo comigo nem com vocês (sic).
A partir desse caso clínico hipotético, julgue o item a seguir, considerando o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), a Classificação Internacional das Doenças (CID-10), o Código de Ética Profissional do Psicólogo, noções de psicologia hospitalar e o papel do psicólogo nesse contexto.
Uma das estratégias de trabalho do psicólogo no caso de Luana pode ser a preparação psicológica da paciente para a realização de procedimentos invasivos dolorosos.