Um paciente de 16 anos de idade, morador de certo bairro periférico de uma grande cidade brasileira, reside em uma casa de três cômodos com a mãe (de 43 anos de idade, desempregada, que trabalha como diarista) e mais cinco irmãos mais novos (com idades que variam de 3 anos a 14 anos). Atualmente, o paciente está cumprindo medida socioeducativa em meio aberto, de liberdade assistida, e comparece três vezes por semana à Unidade de Atendimento em Meio Aberto (UAMA), para a realização de atividades diversas, referentes à respectiva medida, junto com equipe multiprofissional (composta por psicólogas, pedagogas e assistentes sociais). No momento atual o paciente frequenta um programa de aceleração educacional na escola pública do próprio bairro, a fim de concluir o ensino fundamental que abandonou há três anos, para tentar ajudar no sustento da família, quando iniciou trabalho de engraxate no centro da cidade. Foi nesse mesmo período que começou um histórico de cometimento de atos infracionais: frequentemente realizava pequenos furtos a pedestres e comerciantes da região, além de vender pequenas quantidades de substâncias ilícitas (trouxinhas de maconha), como aviãozinho (mediador entre o comprador e o traficante). Em uma abordagem da polícia, foi flagrado com alguma quantidade de maconha, além de objetos decorrentes dos furtos, fato que o levou a ingressar no sistema socioeducativo. Hoje em dia, participa de diversas atividades grupais e individuais na UAMA, bem como de ações que têm sido desenvolvidas em parceria dessa instituição com a escola que o paciente frequenta, além da unidade básica de saúde (UBS) do bairro.
Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos correlatos, julgue o item a seguir.
A prática de psicoterapia individual, tanto no âmbito da UAMA quanto no da UBS, seria indicada e possível para casos como o desse paciente, que apresenta um conjunto complexo de demandas individuais a serem aprofundadas.