A partir da estabilização da economia brasileira, em julho de 1994, houve no Brasil melhorias expressivas em diversos indicadores sociais e de equidade, avanços que se intensificaram ao longo da década de 2000. Nesse processo,
A) o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) evoluiu positivamente de 0,65 a 0,69, entre 2000 e 2010, indicando a quase eliminação da desigualdade regional, do déficit no acesso ao saneamento básico nas regiões mais pobres do país e da melhora decisiva da qualidade do ensino.
B) a distância entre os mais ricos e os mais pobres aumentou expressivamente ao longo da década. Entre 2001 e 2009, a renda per capita dos 10% mais ricos da população brasileira aumentou 7% ao ano, enquanto a renda dos mais pobres cresceu à taxa de 2%.
C) o Programa Bolsa Família (PBF), criado em 2004 e focado nas famílias de menor renda, foi uma inovação do Governo Lula que teve expressivo impacto na redução das desigualdades regionais do país. Um dos grandes problemas enfrentados em sua implementação foi o custo orçamentário relativamente alto, atingindo, em 2010, 5% do PIB.
D) observou-se, entre 2001 e 2009, a ascensão da Nova Classe Média (Classe C), a qual chegou a representar mais de 50% da população total. Este fenômeno decorreu do aumento da massa salarial e do maior acesso aos instrumentos de crédito, facilitado pelo Crédito Consignado e pela aprovação do Cadastro Positivo. A ampliação do crédito popularizou o acesso aos bens duráveis, uma das formas de aferição da redução da desigualdade.
E) a queda de 0,57 para 0,52 observada no Índice de Gini das pessoas ocupadas entre 2001 e 2009 se deveu mormente à política de valorização real do salário mínimo, ao aumento do emprego formal com carteira assinada, ao incremento da taxa de escolaridade e, por fim, à queda do trabalho infantil.