O cuidado com os que estão morrendo revela que o medo de morrer é um sentimento extensamente compartilhado na sociedade atual e que, quando se fala em cuidados paliativos, associa-se à morte. No entanto, a criação e a evolução das UTIs marcaram de modo importante a história da utilização de tecnologias avançadas em saúde e a redução da mortalidade de pacientes graves. Dessa forma, identifica-se uma parcela crescente de indivíduos que sobrevivem à etapa inicial do tratamento, mas não apresentam boa evolução e recuperação da fase aguda, permanecendo com dependência funcional, quadro inflamatório persistente e falência orgânica por período prolongado. Os cuidados paliativos (CP), segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), são definidos como uma abordagem que valoriza a qualidade de vida, dos doentes e das respectivas famílias, no enfrentamento dos problemas ocasionados por doenças ameaçadoras de vida, por meio da prevenção e do alívio do sofrimento, da identificação precoce, da avaliação correta e do tratamento da dor e de outros problemas de ordem física, psicossocial e espiritual.
Quanto ao exposto, julgue o item a seguir.
O perfil mais recorrente de doente crítico crônico costuma envolver idade mais avançada, escores de gravidade mais baixos e comorbidades simples, porém com alta taxa de mortalidade.