Uma criança de 4 anos de idade foi levada por sua mãe à unidade de Saúde da Família (USF), com necessidade de atendimento odontológico. A criança chorava bastante e apontava para a região dos dentes superiores anteriores. Durante o acolhimento e a classificação de risco, o profissional responsável verificou FC = 100 bpm, FR = 34 irpm e SatO2 = 95%. Ao término da etapa da classificação de risco, o profissional inseriu a paciente na agenda do cirurgião-dentista (CD) para atendimento imediato, visto que o caso se tratava de uma urgência com queixa clínica, devendo assim ter atendimento priorizado. Ao iniciar o atendimento, o CD fez perguntas para fundamentar sua anamnese e observou, por meio do exame físico, a cavidade bucal da criança. A mãe relatou que a filha reclamava algumas vezes de dor ao comer alimentos doces e gelados e chorava constantemente há dois dias, sem remissão do quadro. Ao exame físico, foram observadas várias lesões cariosas nas regiões dos incisivos centrais superiores e inferiores, sendo o dente 51 o mais comprometido, com uma lesão de cárie extensa com exposição pulpar. Os demais dentes apresentavam lesões ativas de cárie em esmalte e lesões em dentina com cavitação.
Considerando esse caso e os conhecimentos correlatos, julgue o item a seguir.
A alimentação pode ser um dos fatores que contribuiu para que a criança desenvolvesse as lesões de cárie dentária, mas não cabe ao dentista da USF questionar ou orientar a mãe acerca da alimentação da filha dela. Sendo assim, ele deve orientá-la a procurar o hospital para acompanhamento nutricional da criança.