Uma mulher de 46 anos de idade foi diagnosticada com tendinopatia do manguito rotador (impacto subacromial) e, por conta disso, admitida para reparo artroscópico do manguito rotador esquerdo. O tratamento conservador (fisioterapia), realizado nos últimos cinco meses, não gerou resultados positivos no que tange ao alívio da dor e à melhora da função dos membros superiores (avaliado por questionários e medidas de função validadas cientificamente). Após a realização de exame, a ressonância magnética demonstrou ruptura do manguito rotador. A paciente era incapaz de realizar movimentos de flexão e de abdução do ombro acima de 90º.
Considerando esse caso clínico e com base nos conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir.
A cinemática escapular prejudicada é comumente relatada em pacientes com síndrome do impacto do ombro. Fraqueza dos músculos escapuloumerais e controle inadequado dos movimentos glenoumerais e escapulotorácicos, durante a elevação do membro superior, são achados frequentes e bem documentados na literatura. Uma variedade de intervenções terapêuticas, como a manipulação da coluna torácica, exercícios de fortalecimento e controle motor, é efetiva para a redução da dor e da incapacidade. No entanto, tais intervenções parecem não alterar a cinemática escapular em indivíduos com síndrome do impacto do ombro.