Em sua atuação, o Intérprete de LIBRAS faz uso de duas categorias/modalidades de sinais para que, se possível, os sentidos existentes na Língua Portuguesa (ou qualquer outra língua) possa ser interpretado/traduzido para a Língua Brasileira de Sinais. Há de se considerar o conhecimento técnico em áreas específicas quando se faz uma interpretação. Deste modo:
A) A soletração manual é usada para apresentar às pessoas surdas palavras não sinalizadas e os sinais para interpretar a construção cultural provenientes das línguas oralizadas e sinalizadas ou vice-versa. Não somente palavras são interpretadas, mas o conteúdo do pensamento exposto, seu conjunto proveniente da cultura de uma língua para outra.
B) A Libras é formada por meio de soletração manual e sinais e, em função disso, os intérpretes fazem uso de ambos os sinais para dar plenitude a interpretação. Questões culturais não precisam ser consideradas porque são modalidades diferentes de línguas.
C) A Libras é soletração manual e os sinais também, e em função disso os intérpretes fazem uso de ambos para apresentarem uma comunicação mais facilitada e abrangente. Contudo, sempre haverá perdas entre a língua oralizada e às línguas sinalizadas e isso se dá porque a língua brasileira de sinais é recente.
D) A soletração e a Libras, em função de suas origens, são meios comunicativos distintos, mas que possuem o mesmo valor em nível de linguagem, ou seja, soletrar ou sinalizar tem o mesmo valor e por isso, mesmo que o interprete não saiba sinais ele poderá fazer uso da soletração durante o processo.
E) A Libras, assim como a soletração manual, são usadas como parte constituinte da sinalização oficial. Deste modo, ambas as formas são usadas no processo de interpretação, são oficiais e por isso, mesmo que o intérprete não saiba sinais ele poderá fazer uso da soletração durante o processo.