Como toda forma de diversidade é hoje recebida na escola, há a demanda óbvia por um currículo que atenda a essa universalidade. Diante dos princípios descritos norteadores da organização curricular, a gestão da unidade deve
reconhecer que há diversos conhecimentos produzidos pela humanidade que estão ausentes e, assim, devem permanecer, nos currículos e na formação dos professores, como, por exemplo, o conhecimento produzido pela comunidade negra ao longo da luta pela superação do racismo; o conhecimento produzido pelas mulheres no processo de luta pela igualdade de gênero; o conhecimento produzido pela juventude na vivência da sua condição juvenil, entre outros. Incorporar esses conhecimentos que versam sobre a produção histórica das diferenças e das desigualdades é uma forma de discriminação e viabilizar tratos escolares românticos sobre a diversidade e expor a desigualdade, que deve permanecer velada.
discursar sobre a diversidade, mas agir, planejando, organizando o currículo, vendo os alunos como um bloco homogêneo e um corpo abstrato, pois a escola é uma instituição de ensino coletivo para as amplas massas da população. O currículo escolar deve garantir a padronização no sentido de combater a diversidade existente, rumo ao igualitarismo, como se convivesse com um protótipo único de aluno.
garantir alguns eventos, como no Dia da Consciência Negra, de reconhecimento da identidade cultural (negros, indígenas, homossexuais, entre outros). No currículo escolar, a diversidade deve aparecer não como um dos eixos centrais da orientação curricular, mas, sim, como um tema. As diversidades são partes que diversificam o currículo e não núcleos. Os conhecimentos historicamente produzidos e elaborados devem ocupar lugar hegemônico da organização curricular.
agir, sair do imobilismo e da inércia e cumprir a sua função pedagógica diante da diversidade: construir, conjuntamente com os docentes, práticas pedagógicas que realmente expressem a riqueza das identidades e da diversidade cultural presente na escola e na sociedade. Falar sobre diversidade e diferença implica posicionar-se contra processos de colonização e dominação. É perceber como, nesses contextos, algumas diferenças foram naturalizadas e inferiorizadas sendo, portanto, tratadas de forma desigual e discriminatória. É entender o impacto subjetivo destes processos na vida dos sujeitos sociais e no cotidiano da escola.
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