Perrenoud (1999) afirma que a avaliação pode estar a serviço de duas diferentes lógicas: a primeira, que cria hierarquias, estigmatizando a ignorância de alguns enquanto celebra a excelência de outros; e a segunda, que se torna um instrumento de regulação contínua das intervenções e situações didáticas. Ao final da correção das provas de português de uma turma de 8ª série do ensino fundamental, o professor verificou que apenas dois alunos haviam atingido a média seis; os demais tinham ficado abaixo dela. O professor ficou muito incomodado e procurou a supervisão educacional para juntos decidirem o que poderia ser feito. Das decisões abaixo, estão de acordo com a segunda destas lógicas:
chamar todos os pais dos alunos para solicitar providências quanto à necessidade de estudar;
anular a prova e, em seguida, aplicar outra mais fácil, favorecendo o alcance da média por um grupo maior;
aplicar um trabalho, em grupo, para ajudar na nota, favorecendo uma média mais elevada;
rever o conteúdo trabalhado, buscando estratégias diferenciadas para uma melhor aprendizagem;
encaminhar os alunos com baixo rendimento para a orientação educacional, a fim de que sejam conduzidos para um serviço especializado.
{TITLE}
{CONTENT}
{TITLE}
Aguarde, enviando solicitação...