"Gonçalo Trancoso, poeta português muito lido pelos homens lusos entre 1560 e 1600, afirmava que a mulher não tinha necessidade de ler, escrever e, se possível, não deveria falar". Já "o indígena considerava a mulher uma companheira, não encontrando razão para as diferenças de oportunidades educacionais. Não viam, como os brancos os preveniam, o perigo que pudesse representar o fato de suas mulheres serem alfabetizadas. Condená-las ao analfabetismo e à ignorância lhes parecia uma idéia absurda".
Considerando as citações retiradas do texto "Mulheres educadas na colônia", de Arilda Ribeiro, publicado no livro 500 anos de educação no Brasil, é possível afirmar que:
as citações expressam a defesa da interdição feminina na educação tanto por parte do português quanto do indígena;
o indígena, temeroso das implicações da alfabetização feminina, defendia que suas mulheres permanecessem analfabetas;
as citações expressam visões antagônicas frente ao papel feminino na sociedade;
os portugueses defendiam a alfabetização das mulheres que moravam em Portugal, porém as que viviam no Brasil deviam permanecer analfabetas;
os indígenas assim como os portugueses consideravam um absurdo condenar as mulheres ao analfabetismo.
{TITLE}
{CONTENT}
{TITLE}
Aguarde, enviando solicitação...