Visitando uma localidade rural, tomou-se conhecimento que uma das fontes de renda de uma pequena comunidade era a fabricação de queijo frescal elaborado artesanalmente, a partir de leite não pasteurizado e ordenha realizada em condições mínimas de assepsia. Pode-se presumir que:
- A. não havia risco pela ingestão do produto, visto que os produtores alertavam para que o consumo fosse feito no prazo máximo de 3 dias;
- B. a produção de queijo frescal, quando realizada artesanalmente, pode comprometer a saúde do consumidor, pois é possível que contenha bactérias patogênicas como o Staphylococcus aureus e suas enterotoxinas entre outros microrganismos; entretanto, os sintomas são brandos e não patognomônicos;
- C. surtos de intoxicação alimentar, provocados pelo consumo de queijo frescal contaminado por Staphylococcus aureus , podem ocasionar sintomas como diarréia, febre, náuseas, vômitos e indisposição, que podem ser graves dependendo do organismo exposto e da presença das enterotoxinas;
- D. quanto à presença da Listeria spp , considera-se que esta bactéria não apresenta importância neste produto propriamente dito, visto que a legislação vigente (RDC 12/01) não faz referência a esse patógeno para o produto acima referido;
- E. para diminuir os riscos de contaminação pelo consumo desse produto, sem ocasionar prejuízo a população local, seria necessário diminuir o prazo de validade comercial de 3 dias para 1 dia, o que garantiria a segurança do produto final.