Está claro que o padrão alimentar interfere diretamente na etiologia da aterosclerose e, consequentemente, aumenta o risco de doenças cardiovasculares. A Sociedade Brasileira de Dislipidemia através da I Diretriz sobre o consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular traz recomendações baseadas em evidências científicas, que objetivam reduzir o risco cardiovascular na população brasileira.
De acordo com a I Diretriz sobre o Consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular, são recomendações para a dietoterapia nas dislipidemias:
- A. a manteiga, o ovo, a carne vermelha e o chocolate rico em cacau não devem fazer parte da dieta de indivíduos saudáveis a fim de prevenir a dislipidemia.
- B. a população deve ser conscientizada de que o a gordura ideal para fazer fritura é o azeite de oliva extra virgem comercializado em frasco tipo âmbar, desde que não ultrapasse a temperatura de 190 graus.
- C. os ácidos graxos saturados da dieta devem ser substituídos por ácidos graxos monoinsaturados, limitando a ingestão de ácidos graxos saturados para adultos sem comorbidades a menos de 10% do Valor Energético Total.
- D. a suplementação de ômega-3 marinho (2-4 g/dia) é recomendada para indivíduos adultos com baixo a moderado risco de doença cardiovascular. Orientar a população saudável a dar preferência às fontes vegetais de ômega-3 como soja, canola e semente de linhaça e evitar as fontes animais como o peixe e as carnes vermelhas.
- E. a indústria alimentícia deve ser estimulada a usar a gordura interesterificada em seus produtos, porque é comprovadamente mais saudável do que as gorduras trans, e a comercializar em frascos do tipo âmbar todos os óleos ricos em ácidos graxos poli-insaturados como os de girassol, canola e amendoim, uma vez que estes apresentam maior risco de oxidação e peroxidação lipídica.