A caracterização operacional de uma usina hidrelétrica está fortemente condicionada por seu dimensionamento energético, definido na fase dos estudos de inventário e viabilidade. Essa caracterização pode ser feita quanto ao regime operativo dos reservatórios ou quanto à alocação da geração da usina na curva de carga do sistema ao qual está integrada, sintetizada pelo conceito de fator de capacidade.
No que concerne a essa caracterização operacional, observa-se o seguinte:
- A. a definição do regime operativo dos reservatórios das usinas localizadas em uma mesma bacia hidrográfica não é feita na fase dos estudos de inventário e será objeto de estudos de otimização na fase de projeto executivo dessas usinas.
- B. as usinas de base operam com fator de capacidade mais baixo, em contraste com as usinas de ponta, que apresentam um fator de capacidade mais alto.
- C. as usinas hidrelétricas reversíveis, muito utilizadas para o suprimento da base de carga do sistema elétrico, em geral, operam com grande reservatório e pequena queda.
- D. nas usinas a fio dágua, os benefícios energéticos se realizam não apenas na própria usina, mas também nas demais usinas a jusante, que se beneficiam da regularização da vazão do reservatório.
- E. nas usinas cujos reservatórios operam a fio dágua, o objetivo principal na formação do lago é maximizar a altura de queda disponível para geração.