Paciente sexo feminino, 40 anos, previamente hígida, vem à consulta após ter recebido alta hospitalar onde esteve internada por quadro de trombose venosa central. No momento, em uso de anticoagulação plena com inibidor do fator Xa, assintomática. Apresentou em exames de rastreio para trombofilias um exame com anticardiolipina IgG positivo em baixos títulos. Anticoagulante lúpico e antibeta2glicoproteína I negativos.
Sobre a síndrome do anticorpo antifosfolípide (SAAF) e seus autoanticorpos, é correto afirmar que
- A. na paciente em questão, a presença de anticardiolipina IgG positiva junto com o evento trombótico são suficientes para fechar o diagnóstico de SAAF.
- B. tanto tromboses venosas, quanto arteriais compõem a SAAF, porém outras manifestações envolvem esclerose lupóide, enxaqueca, trombocitopenia e anemia hemolítica.
- C. o uso dos novos anticoagulantes orais é boa alternativa nos pacientes com SAAF já com recomendações oficiais para seu uso em todos pacientes portadores da doença.
- D. apesar de pouco difundida, a pesquisa de anticorpos antifosfolípides no pré-natal de pacientes hígidas deve ser rotina, visto que sua positividade demandará início de terapia anticoagulante para reduzir taxas de complicação da gestação.
- E. a presença de um tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPa) alargado pode ser um indicativo da presença do anticorpo antibeta2 glicoproteína I, sendo exame útil no Sistema Único de Saúde, onde há maiores restrições laboratoriais para pesquisa de alguns autoanticorpos.