Com relação aos aspectos epidemiológicos da Tuberculose, todas as afirmativas estão corretas, EXCETO:
A transmissão da tuberculose bovina para o homem se dá principalmente por ingestão de leite ou derivados contendo o agente. Trabalhos realizados na década de 90 do século passado descreveram a resistência deste agente à pasteurização lenta e sua sobrevivência em queijos do tipo frescal. Em função disso, esta forma de transmissão tem merecido atenção do IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária) e dos demais órgãos de inspeção, à medida que têm surgido várias pequenas indústrias de laticínios que fazem a opção pela pasteurização lenta e utilizam leite de rebanhos não controlados, para produzirem e distribuírem para a população derivados como o queijo frescal.
O Mycobacterium bovis é o agente mais comum de tuberculose em bovinos, mas o M. tuberculosis também pode ser responsável pela doença em animais. Esse agente não forma esporos, mas é moderadamente resistente ao calor e à dessecação. É prontamente destruído pela luz solar direta, a menos que esteja em ambiente úmido. Em locais úmidos, quentes e protegidos, pode permanecer viável por semanas.
Nos programas de controle e erradicação da tuberculose bovina de um estado ou região, é essencial a determinação da incidência e da distribuição da doença no início do programa. Os mapas de abate dos serviços de inspeção de carnes são de grande importância, mas têm sua utilização limitada quando a ausência de dados não permitir a rastreabilidade. Nesse contexto, o SISBOV deve ser considerado um programa de grande importância para a defesa sanitária nacional, indo muito além do simples retorno econômico advindo das exportações de carnes.
Para testes iniciais de triagem em rebanhos desconhecidos, podemos optar pelo teste intradérmico único. No entanto, devemos analisá-lo sempre em função da possibilidade da ocorrência de falsos positivos, com reações de sensibilidade inespecíficas, e falsos negativos, como pode ocorrer em casos de tuberculose muito avançados ou recém infectados (até seis semanas), partos recentes e animais testados com tuberculina nos últimos 60 (sessenta) dias.
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