Texto V, para responder às questões 44 e 45
Uma paciente de 44 anos de idade, divorciada, publicitária, sem filhos, comparece em consulta, relatando estar-se sentindo muito mal. Estou agoniada por dentro, não consigo parar e relaxar um minuto; refere que vem se sentindo assim há pelo menos dez dias e não aguenta mais. Associadamente apresenta-se muito triste e angustiada, com pensamentos altamente negativistas que se sucedem ininterruptamente em sua mente, de forma muito rápida. Chegou a pensar que não vale a pena continuar vivendo nessa situação. Durante a consulta, muda várias vezes de posição na cadeira, levantando-se algumas vezes para respirar melhor. Quando interrogada, concordou que está muito ansiosa, acrescentando que não vem conseguindo dormir durante esse período. Informa também que não tem apetite algum e que, nesses dez dias, deve ter perdido, pelo menos, uns três quilos. Acrescenta que sua libido está completamente abolida e que não consegue sequer ouvir a voz do namorado. Ao interrogatório sobre sintomas psiquiátricos pregressos, a paciente refere episódios depressivos passados frequentes. Relata ter um trabalho extremamente extenuante e de muita responsabilidade e que passa, às vezes, semanas com muita irritabilidade e agitação, especialmente quando precisa trabalhar muitas horas seguidas, comprometendo seu sono e horários de alimentação. Afirma que o excesso de demandas, pelas quais passa, não permite que fique bem de humor. Mal me sinto melhor, acontece algo estressante e já entro novamente em outro processo de depressão ou forte irritabilidade. Não se recorda de ter passado sequer dois meses bem, no último ano.
Considere que a paciente tenha retornado ao consultório, uma semana após a primeira consulta, relatando piora significativa em seus sintomas. Nesse caso, deve-se
explicar que ainda é cedo para esperar uma resposta terapêutica e que, às vezes, durante o tratamento, pode mesmo ocorrer uma piora inicial.
associar um comprimido de metilfenidato, pela manhã, em jejum, para potencializar a ação terapêutica da medicação.
associar a quetiapina ou a olanzapina à noite, ao se deitar.
associar o clonazepan e conceder um afastamento médico.
pedir a ela que interrompa temporariamente a psicoterapia psicanalítica, que, talvez, esteja promovendo uma piora dos sintomas ao colocá-la em contato com seus conflitos inconscientes.
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