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É dever do poder público, com a colaboração da comunidade, promover e proteger o patrimônio cultural brasileiro – o que inclui o patrimônio arqueológico. Este preceito, dado no desdobramento do artigo 216 da Constituição Federal, ratifica a natureza de bem difuso (pertencente a todos) inerente ao patrimônio arqueológico. O fortalecimento desta tese encontra respaldo:
I. Na forte vocação do bem cultural arqueológico como bem ambiental.
II. Na necessidade de obtenção de permissão federal para o planejamento e execução de pesquisas arqueológicas, nos termos do regramento estabelecido pelo Ministério do Meio Ambiente.
III. Na estratégia de distribuição das competências legislativas e materiais entre os entes federados, dada pela Constituição Federal de 1988.
IV. Nas crescentes pressões do ente federativo local (Município), em considerando suas competências legislativa e material de caráter supletivo, dadas pela Constituição Federal de 1988.
V. No significativo potencial de fruição do bem arqueológico (uso e gozo) pela sociedade, sem comprometimento de sua integridade.
Estão corretas APENAS as afirmações
I, II e V.
III e IV.
I, IV e V.
I e V.
II e III.
Instruções: Para responder às questões de números 61 a 65 considere as informações a seguir.
Caso Proposto: licenciamento ambiental de projeto de aproveitamento hidrelétrico, com potência instalada prevista de 600 MW, com as seguintes características:
Sobre o estudo de arqueologia preventiva, parte do licenciamento ambiental, pode-se afirmar que
considerando que a região do empreendimento é arqueologicamente bem conhecida, o estudo de arqueologia preventiva é desnecessário, bastando a apresentação de um laudo técnico sustentado por relatório que demonstre esta situação.
o estudo de arqueologia preventiva deverá se restringir à fase de licença prévia, bastando a elaboração de um diagnóstico da arqueologia regional no EIA/RIMA.
é desnecessária previsão de estudo de arqueologia preventiva no termo de referência inicial, posto que a legislação obriga o comparecimento de salvamento arqueológico no processo.
o estudo de arqueologia preventiva deverá comparecer em todas as fases do licenciamento, indepedentemente do fato de a região ser arqueologicamente bem conhecida.
em função do caráter interdisciplinar da arqueologia, qualquer profissional habilitado nas disciplinas afins, integrante da equipe multidisciplinar, poderá fixar as diretrizes para os procedimentos de salvaguarda do patrimônio arqueológico.
Instruções: Para responder às questões de números 61 a 65 considere as informações a seguir.
Caso Proposto: licenciamento ambiental de projeto de aproveitamento hidrelétrico, com potência instalada prevista de 600 MW, com as seguintes características:
Considerando as condições de montante, o foco principal do projeto de prospecções intensivas deverá convergir para os terrenos circunscritos pela linha de cota de
321 m, considerando que a lâmina d'água estará neste nível na maior parte do tempo, conforme definido no EIA/RIMA.
334 m, considerando que este é limite externo da faixa de depleção normal do reservatório.
336 m, considerando que, por ocasião de cheias excepcionais, a lâmina d'água poderá alcançar este nível.
336 m, que define a área diretamente afetada, somada a uma faixa de segurança de 30 m, estabelecida pelo Código Florestal.
336 m, que define a área diretamente afetada, somada a uma faixa de segurança definida pelo EIA/RIMA, que acolherá as atividades previstas no plano diretor de uso múltiplo.
Instruções: Para responder às questões de números 61 a 65 considere as informações a seguir.
Caso Proposto: licenciamento ambiental de projeto de aproveitamento hidrelétrico, com potência instalada prevista de 600 MW, com as seguintes características:
Considere as condições de jusante, onde o deplecionamento da descarga flutuará entre 283 e 395 m
I. Os estudos de arqueologia preventiva podem ser necessários até onde se fizerem presentes os efeitos erosivos do barramento, no sentido jusante, posto que este segmento é considerado área de influência indireta do empreendimento.
II. É necessário incluir a execução dos procedimentos técnicos de rastreamento do subsolo em ambas as margens, consubstanciados em constelação de sondagens georreferenciadas.
III. Convém monitoramento arqueológico sazonal pois, além de permitir o resgate de materiais eventualmente expostos, forneceria subsídios para a compreensão dos processos erosivos atuantes sobre estratos antropogênicos de valor arqueológico.
IV. Quaisquer medidas de salvaguarda do patrimônio arqueológica teriam sentido acessório, pois o foco do estudo de arqueologia preventiva deve convergir para montante da barragem; como os efeitos das descargas a jusante são desprezíveis, bastaria o monitoramento arqueológico do trecho, por medida de precaução.
V. Embora gerados pelo empreendimento, os episódios de jusante não são de responsabilidade do empreendedor; assim, quaisquer estudos de arqueologia preventiva neste segmento deverão ficar a cargo de universidades e instituições de pesquisa, na perspectiva essencialmente acadêmica.
Os conteúdos que melhor contemplam as salvaguardas do patrimônio arqueológico eventualmente situado a jusante da barragem seriam, na seqüência:
I e II
I, II e V
II e III
III e IV
IV e V
Instruções: Para responder às questões de números 61 a 65 considere as informações a seguir.
Caso Proposto: licenciamento ambiental de projeto de aproveitamento hidrelétrico, com potência instalada prevista de 600 MW, com as seguintes características:
Considerada a estrutura dos estudos multidisciplinares do licenciamento ambiental do empreendimento em epígrafe, os estudos de arqueologia preventiva deverão se distribuir conforme uma lógica que contemple os fundamentos metodológicos e técnicos da disciplina, os quesitos definidos no ordenamento jurídico legal e infra-legal, além da necessidade de compatibilizar as atividades técnicocientíficas com a implantação do empreendido. Isto considerado, identifique a estratégia que melhor contempla o estudo de arqueologia preventiva necessário:
Termo de referência – planejamento do estudo de arqueologia preventiva – diagnóstico da arqueologia regional – avaliação de impactos sobre o patrimônio arqueológico – programa de mitigação de impactos sobre o patrimônio arqueológico – projeto de levantamento prospectivo intensivo – projeto de resgate e inclusão social do patrimônio arqueológico – consolidação da arqueoinformação e divulgação dos resultados.
Projeto de salvamento arqueológico – execução do salvamento arqueológico – estudo dos materiais arqueológicos – guarda dos materiais arqueológicos em museus regionais.
Diagnóstico da arqueologia regional – avaliação de impactos sobre o patrimônio arqueológico – programa de mitigação de impactos sobre o patrimônio arqueológico – projeto de levantamento prospectivo intensivo – projeto de resgate e inclusão social do patrimônio arqueológico – consolidação da arqueoinformação e divulgação dos resultados em mídia impressa e eletrônica.
Diagnóstico e programa de mitigação de impactos sobre o patrimônio arqueológico – levantamento, prospecção e escavações arqueológicas – análises de laboratório – elaboração de relatórios técnicocientíficos para os depósitos legais.
Projeto de salvamento arqueológico – relatório de salvamento arqueológico (atividades de campo) – relatório de salvamento arqueológico (atividades de laboratório) – relatório das condições de guarda dos materiais arqueológicos resgatados.
Instruções: Para responder às questões de números 66 a 70, considere as informações a seguir.
Considere um projeto de restauro e requalificação de uso de sítio de valor histórico-arquitetônico, tombado pelos três níveis dos sistema federativo, integrado por edificação da virada dos séculos XIX e XX e seu entorno de ambientação. O projeto, liderado por arquiteto especialista em restauro de bens patrimoniais, contempla vários interesses e áreas de conhecimento que congregam vários especialistas.
A propósito do comparecimento da Arqueologia neste processo, pode-se afirmar que
é dispensável, posto que o sítio tem valor históricoarquitetônio e isto não o qualifica como um sítio arqueológico.
fica a critério da coordenação do projeto que, examinando o local, pode definir se existe ou não interesse arqueológico.
o interesse arqueológico é imanente em qualquer sítio de valor histórico-arquitetônico.
embora haja interesse arqueológico, estudos de arqueologia só deverão ser planejados e executados se exigidos pelo IPHAN ou pelo Ministério Público.
é facultativo, pois sítios arqueológicos históricos não são objeto da Lei Federal nº 3.924/1961.
Instruções: Para responder às questões de números 66 a 70, considere as informações a seguir.
Considere um projeto de restauro e requalificação de uso de sítio de valor histórico-arquitetônico, tombado pelos três níveis dos sistema federativo, integrado por edificação da virada dos séculos XIX e XX e seu entorno de ambientação. O projeto, liderado por arquiteto especialista em restauro de bens patrimoniais, contempla vários interesses e áreas de conhecimento que congregam vários especialistas.
Em comparecendo neste processo, a Arqueologia atua como
técnica auxiliar da História
técnica auxiliar da História e da Arquitetura.
técnica independente, sendo seus relatórios colocados como anexos complementares.
uma das áreas de conhecimento integrante no complexo interdisciplinar que é o restauro de bens patrimoniais.
parte da História, entendendo-se que a arqueologia do período histórico é mais uma arqueografia interpretada pelos historiadores.
Instruções: Para responder às questões de números 66 a 70, considere as informações a seguir.
Considere um projeto de restauro e requalificação de uso de sítio de valor histórico-arquitetônico, tombado pelos três níveis dos sistema federativo, integrado por edificação da virada dos séculos XIX e XX e seu entorno de ambientação. O projeto, liderado por arquiteto especialista em restauro de bens patrimoniais, contempla vários interesses e áreas de conhecimento que congregam vários especialistas.
Definida a participação do arqueólogo no processo de restauro, ele atuará
em cotas positivas e negativas, com metodologia e técnicas arqueológicas.
em cotas positivas, acompanhando as intervenções arquitetônicas executadas na edificação.
em cotas negativas, resgatando materiais do subsolo.
em cotas negativas, resgatando materiais do subsolo e analisando as fundações da edificação.
no monitoramento arqueológico das intervenções arquitetônicas em cota zero.
Instruções: Para responder às questões de números 66 a 70, considere as informações a seguir.
Considere um projeto de restauro e requalificação de uso de sítio de valor histórico-arquitetônico, tombado pelos três níveis dos sistema federativo, integrado por edificação da virada dos séculos XIX e XX e seu entorno de ambientação. O projeto, liderado por arquiteto especialista em restauro de bens patrimoniais, contempla vários interesses e áreas de conhecimento que congregam vários especialistas.
Entendidas como "arqueologia da fonte direta", as técnicas arqueológicas podem ser invasivas, quando desmontam as estruturas arqueológicas, e não invasivas ou pouco invasivas, quando não desarticulam as estruturas arqueológicas. No caso em tela, seriam viáveis as seguintes técnicas arqueológicas: limpeza do terreno e levantamento planialtimétrico; execução de sondagens, trincheiras e decapagens; levantamento métrico-arquitetônico; observações espontâneas, proporcionadas pelo desfolhamento da pintura, desprendimento do revestimento, fissura e trincas; prospecção parietal (sondagens na argamassa de revestimento, calas exploratórias na pintura).
Considerando essas técnicas, pode-se afirmar que:
I. A limpeza do terreno e o levantamento planialtimétrico, técnicas essencialmente invasivas, aplicam-se à cota zero.
II. O levantamento métrico-arquitetônico e as observações espontâneas são técnicas típicas de cota positiva e não invasivas.
III. A prospecção parietal é uma técnica comum a historiadores, arquitetos e arqueólogos.
IV. Sondagens, trincheiras e decapagens são técnicas típicas de ambiente de cota negativa.
V. É da alçada do arqueólogo apenas a execução de sondagens, trincheiras e decap agens.
Estão corretas APENAS as afirmações
I e II.
I e III.
II e IV.
III e V.
IV e V.
Instruções: Para responder às questões de números 66 a 70, considere as informações a seguir.
Considere um projeto de restauro e requalificação de uso de sítio de valor histórico-arquitetônico, tombado pelos três níveis dos sistema federativo, integrado por edificação da virada dos séculos XIX e XX e seu entorno de ambientação. O projeto, liderado por arquiteto especialista em restauro de bens patrimoniais, contempla vários interesses e áreas de conhecimento que congregam vários especialistas.
Para investigar em cotas negativas, evidenciando e analisando estratos antropogênicos, a arqueologia buscou nas ciências da terra a teoria da estratigrafia. Para investigar cotas positivas, entendendo a edificação como documento arqueológico, a arqueologia investiu na releitura do conceito de estratigrafia, criando um mecanismo para a leitura e compreensão de suas transformações ditadas pelas mudanças de uso e ocupação.
Nesse caso, uma das possibilidades de leitura da edificação como documento arqueológico é focada na sua estratificação, dada como
a secção de suas paredes.
os cortes abrangendo o solo, as fundações, as paredes e a cobertura, inseridos em planta.
a visão conjunta da cota negativa e da cota positiva no local de inserção da edificação.
as adições e supressões de alvenaria, como o fechamento ou abertura de portas e janelas ou a construção de cômodos.
análise físico-química dos materiais empregados na construção.
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