Questões de Biologia da Fundação Carlos Chagas (FCC)

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As espécies exóticas e invasoras são um problema global, sendo uma das importantes causas de extinção de espécies do mundo. As espécies de plantas invasoras bem sucedidas têm dentre suas características serem

  • A.

    climáxicas, generalistas, com ampla distribuição geográfica e com dispersão de sementes pelo vento.

  • B.

    climáxicas, com gerações curtas, endêmicas e polinizadas por insetos.

  • C.

    secundárias, endêmicas, com hábitat nativo amplo e sem competidoras na nova comunidade.

  • D.

    pioneiras, dióicas, especialistas e sem predadores na nova comunidade.

  • E.

    pioneiras, auto-compatíveis, com alta capacidade de dispersão e grande plasticidade fenotípica.

Ensaios de toxicidade foram desenvolvidos visando avaliar a sensibilidade de espécies dos diversos níveis tróficos. Tal abordagem justifica-se pelo fato de

  • A.

    todos os níveis tróficos terem a mesma riqueza de espécies.

  • B.

    todas as espécies responderem igualmente às substâncias tóxicas.

  • C.

    todos os níveis tróficos responderem igualmente às substâncias tóxicas.

  • D.

    todos os níveis tróficos serem importantes na transferência de energia e material.

  • E.

    todas as espécies serem igualmente importantes na transferência de energia e material.

Na agricultura, a busca por uma produtividade cada vez maior leva os agricultores a instalarem monoculturas freqüentemente com apenas uma linhagem geneticamente melhorada. A desvantagem é que tais cultivos são muito suscetíveis ao ataque de pragas e doenças. Quando isto acontece, os melhoristas desenvolvem novas variedades a partir de

  • A.

    genes de resistência encontrados nas populações nativas da espécie.

  • B.

    proteínas de resistência projetadas por engenharia genética.

  • C.

    agentes mutagênicos que induzem resistência em culturas de tecidos.

  • D.

    outras espécies resistentes nos arredores da plantação.

  • E.

    mecanismos moleculares que induzem a resistência.

Em um risoto de lulas, camarões, siris e mexilhões encontramos animais pertencentes a

  • A.

    4 filos e 4 espécies.

  • B.

    3 filos e 4 espécies.

  • C.

    2 filos e 4 espécies.

  • D.

    4 classes e 2 gêneros.

  • E.

    3 classes e 2 gêneros.

O esquema abaixo representa um coração humano. Considere uma hemácea com uma grande concentração de carboxiemoglobina, que chega ao coração. A ordem de passagem pelos compartimentos cardíacos será

  • A.

    I, II, III e IV.

  • B.

    I, III, II e IV.

  • C.

    II, IV, I e III.

  • D.

    II, I, IV e III.

  • E.

    IV, II, III e I.

Programas de computador analisam seqüências de DNA que foram geradas pelo projeto do Genoma Humano ou pesquisas similares. Eles indicam a localização dos prováveis genes no genoma, identificando quadros de leitura com sentido (ORFs ou open reading frames ). A confirmação de que um quadro de leitura corresponde a um gene verdadeiro

  • A.

    não é necessária, pois os programas de previsão têm confiabilidade superior a 95%.

  • B.

    depende da comprovação de que existe um RNA mensageiro correspondente a esse gene.

  • C.

    depende da clonagem do gene em uma biblioteca genômica.

  • D.

    depende da confirmação da seqüência, realizada em outro centro de pesquisa.

  • E.

    depende da síntese de um anticorpo que reage com o gene específico.

Observe o trecho a seguir:

Estudos de material genético obtido de restos animais ou vegetais muito antigos só se tornaram factíveis após

  • A.

    a descoberta das enzimas de restrição, que cortam o material genético em seqüências aleatórias.

  • B.

    os estudos do proteoma humano, pois se tornou possível comparar as proteínas humanas com as isoladas no material do Neanderthal.

  • C.

    a conclusão do seqüenciamento completo do genoma humano, quando foram inventadas as técnicas necessárias para esse tipo de estudo.

  • D.

    o desenvolvimento da técnica de Southern Blotting, por meio da qual sondas de DNA humano podem ser usadas para hibridar com o material do Neanderthal.

  • E.

    o desenvolvimento da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR ou polymerase chain reaction) que aumenta o número de moléculas de DNA disponíveis para estudo.

No caso de amostras biológicas antigas, que têm pouca quantidade de material genético ou que contêm material genético muito degradado, o conjunto de marcadores moleculares com maior chance de obtenção de resultados em estudos de identificação individual é o de

  • A.

    marcadores de DNA do cromossomo Y, pois permitem a definição imediata do sexo da amostra.

  • B.

    microssatélites localizados nos autossomos, pois são os menores marcadores moleculares e, portanto, os mais fáceis de amplificar.

  • C.

    marcadores do DNA mitocondrial, pois o número de cópias de moléculas desse DNA será maior do que o dos marcadores nucleares.

  • D.

    SNPs (single nucleotide polymorphisms) localizados nos autossomos porque são os marcadores moleculares mais abundantes no genoma humano.

  • E.

    marcadores de RNA, pois são os mais resistentes à degradação que ocorre após a morte do ser vivo ou exposição da amostra ao ambiente.

Atualmente, diversos produtos importantes para o tratamento de doenças do homem, como por exemplo, a insulina, são chamados de recombinantes porque são produzidos a partir de bactérias que receberam o gene humano e o expressam in vitro. Para se introduzir um plasmídeo geneticamente modificado (recombinante) em uma bactéria receptora é comumente utilizado o procedimento de

  • A.

    transformação, que pode ocorrer na natureza em algumas espécies bacterianas e também pode ser induzida em laboratório.

  • B.

    transformação, que não ocorre na natureza mas que pode ser induzida em condições de laboratório.

  • C.

    retrotranscrição, que normalmente só ocorre em vírus, mas que pode ser induzida a ocorrer artificialmente em bactérias.

  • D.

    transversão, que ocorre naturalmente entre bactérias, mas que pode ter sua eficácia melhorada em laboratório.

  • E.

    permutação, que não ocorre normalmente entre bactérias, mas que pode ser induzida em laboratório.

O código de barras de DNA é um método no qual seqüências pequenas de DNA de uma região específica do genoma são utilizadas para identificar espécies. Em animais, por exemplo, a análise da subunidade I da enzima citocromo oxidase mitocondrial (COI) tem sido muito utilizada para caracterizar espécies de diversos filos. Embora com muitas aplicações, principalmente em estudos de biodiversidade, uma das maiores dificuldades na aplicação do COI é

  • A.

    distinguir espécies que surgiram por hibridação.

  • B.

    identificar formas larvais ou estágios imaturos.

  • C.

    a metodologia de extração de DNA mitocondrial.

  • D.

    a ausência de COI em muitas espécies animais.

  • E.

    analisar conteúdo estomacal para estudar teias alimentares.

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