Questões sobre Paraíba - PB

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O desconhecimento da história da Paraíba, por parte de seus moradores contribui para o processo de reprodução da memória oficial celebrativa. Em se tratando de falar das revoluções paraibanas, é consensual no discurso local, a referência à Revolução de 30, porque está associada à reprodução do mito João Pessoa, que inclusive gerou a mudança do nome da cidade Parahyba para João Pessoa. A Revolução de 1817 é uma experiência de movimentos sociais que faz parte da memória silenciada pela historiografia tradicional celebrativa. Alguns pesquisadores locais têm dado visibilidade aos outros sujeitos históricos e às outras revoluções paraibanas, nesta virada epistemológica da narrativa histórica crítica os estudos mostraram que a Revolução de 1817 representou:

I) Um movimento protagonizado exclusivamente pela elite agrária paraibana e pernambucana.

II) Uma resposta à conjuntura de recessão da economia local paraibana no século XIX.

III) Um movimento social pouco relevante, uma vez que teve a participação popular e chegou a proclamar a República, a Paraíba aderiu à revolução e instituiu sua própria república em 15 de março de 1817.

IV) A recuperação de uma memória de liderança e resistência paraibanas, por meio da imagem de militantes como: Amaro Gomes Coutinho, Antônio Pereira de Albuquerque, Francisco José da Silveira, Inácio Leopoldo de Albuquerque Maranhão e José Peregrino de Carvalho, todos foram enforcados, esquartejados e tiveram suas mãos e cabeças expostas publicamente na capital da Paraíba.

V) A relação entre movimentos sociais populares e a valorização do patrimônio edificado da cidade, uma vez que a pesquisa gerou um processo de recuperação das placas com os nomes das vítimas das forças militares que se encontram expostas no centro da cidade de João Pessoa.

Estão corretas apenas as alternativas:

  • A. I, II, e IV.
  • B. I, III, e V.
  • C. I, II e V.
  • D. II, IV e V.
  • E. II, III e IV.

Nos cordéis, na música, na poesia, no cinema e na literatura, por meio de muitas linguagens artísticas, o Cangaceirismo foi representado como uma experiência que contribuiu para a construção de uma imagem e uma identidade nordestina. Sobre esse movimento social é INCORRETO dizer que:

  • A. Lampião, Maria Bonita e o seu bando podem ser considerados ícones na cristalização de uma imagem para o nordeste estereotipada no nosso imaginário nacional.
  • B. Os cangaceiros foram grandes protagonistas da história e assumiram uma identidade de movimento social muito fixa e homogênea, sempre tendo como inimigos, os coronéis.
  • C. A astúcia dos cangaceiros no enfrentamento das relações de poder no auge do coronelismo nordestino foi uma experiência marcante na história dos movimentos sociais brasileiros.
  • D. Os novos paradigmas da história contribuíram para repensar todos os movimentos sociais considerados espontaneístas e pouco valorizados pela historiografia marxista mais radical. Esse novo olhar com relação aos movimentos sociais, pós-crise do marxismo economicista, trouxe para a cena movimentos como o Messianismo e o Cangaceirismo com muita positividade em termos de atuação política.
  • E. Os cangaceiros assumiram uma trajetória de luta multifacetada e difícil de decifrar, uma vez que os coronéis, em alguns momentos apareciam como seus inimigos, em outras cenas históricas, eles se tornavam aliados dos coronéis.

A Tragédia de Tracunhaém é a denominação do episódio histórico

  • A.

    em que centenas de indígenas, que habitavam o território entre Pernambuco e Paraíba, foram massacrados por conquistadores portugueses, em um ataque surpresa liderado por Frutuoso Barbosa.

  • B.

    ocorrido no rio de mesmo nome, quando uma frota de embarcações portuguesas foi alvo do ataque de tribos indígenas e de colonizadores holandeses, sendo todos os tripulantes mortos.

  • C.

    que resultou na morte de todos os colonos que habitavam o engenho de mesmo nome, motivando a determinação dos portugueses em controlar mais rigorosamente a região por meio da criação da capitania da Paraíba.

  • D.

    no qual uma forte epidemia de varíola se alastrou e dizimou, em poucos meses, várias aldeias indígenas e as populações que habitavam diversas vilas em Pernambuco, na Paraíba e no Rio Grande do Norte.

  • E.

    decorrente do enfrentamento entre colonizadores franceses e portugueses, aliados a tribos indígenas, que terminou com a destruição completa dos vilarejos da capitania de Itamaracá, e um grande número de mortos de ambos os lados.

As dificuldades encontradas pelos portugueses na conquista da Paraíba tiveram relação com

  • A.

    a prévia ocupação francesa na região, e as alianças entre os franceses e as tribos Potiguaras.

  • B.

    a animosidade dos índios Tabajaras que, ao resistirem às tentativas de ocupação, provocou seu extermínio.

  • C.

    os ataques empreendidos pelas vilas coloniais, fundadas por espanhóis e densamente fortificadas.

  • D.

    o descaso da Coroa com a conquista dessa região, uma vez que nenhum tipo de exploração econômica havia sido implantado.

  • E.

    o fracasso das sucessivas expedições de conquista que, devido às intempéries marítimas, jamais chegaram ao seu destino.

A fundação, no final do século XVI, de conventos e mosteiros na Paraíba, então denominada Filipéia de Nossa Senhora das Neves, foi vista com bons olhos pelos colonos, pois estes

  • A.

    encontravam-se em minoria, acuados por tribos hostis, razão que os fez solicitar da Coroa e do Papa a instalação de missões jesuíticas fortificadas, no interior das quais pudessem habitar.

  • B.

    pretendiam fazer prevalecer o catolicismo e combater as religiões protestantes, como o calvinismo trazido pelos conquistadores franceses, ao qual a população local havia aderido massivamente.

  • C.

    acreditavam que a presença de religiosos contribuiria para a catequização e a “pacificação” das aldeias indígenas nas proximidades, garantindo a segurança da população branca.

  • D.

    ansiavam estabelecer trocas comerciais com os índios, como o escambo, prática que até então não havia sido implementada, uma vez que somente os freis eram os únicos autorizados a fazer esse tipo de transação.

  • E.

    reivindicavam a presença de ordens religiosas naquele território uma vez que, as famílias se sentiam desamparadas pela Igreja, desde a expulsão dos jesuítas, no século anterior.

Missionários e bandeirantes tiveram importante papel no processo de conquista do interior da Paraíba. As bandeiras eram

  • A.

    expedições que, em geral, se valiam do curso natural dos rios e tinham por objetivo aprisionar índios para vendê-los como escravos.

  • B.

    incursões oficiais da Coroa no interior do território brasileiro a fim de abrir caminhos e construir vias férreas.

  • C.

    caravanas de colonos responsáveis pela instalação nas vilas, de uma grande cruz e a bandeira portuguesa, como símbolos da colonização.

  • D.

    tropas militares bem armadas e chefiadas por um colonizador europeu, conhecedor da região, a fim de eliminar tribos hostis.

  • E.

    grupos de viajantes estrangeiros interessados em pesquisar, explorar e mapear a fauna, a flora e os nativos do continente americano.

Em 1574 aconteceu um incidente conhecido como "Tragédia de Tracunhaém", no qual índios mataram todos os moradores de um engenho chamado Tracunhaém em Pernambuco. Esse episódio ocorreu devido ao rapto e posterior desaparecimento de uma índia, filha do cacique potiguar, no Engenho de Tracunhaém. Com base no conhecimento da História da Paraíba, é correto afirmar que essa Tragédia contribuiu para

  • A.

    a aliança entre os índios Potiguaras e portugueses e para o progresso da Paraíba.

  • B.

    o desmembramento da capitania de Itamaracá e para a formação da capitania da Paraíba.

  • C.

    a autonomia administrativa de colônia e para a expansão das bandeiras no interior da Paraíba.

  • D.

    a resistência indígena à conquista portuguesa e para a expansão da pecuária na Paraíba.

  • E.

    o ingresso de Ordens religiosas na capitania e para a catequização dos índios da Paraíba.

  • A.

    aos acordos de paz entre os missionários e índios do grupo Tapuias.

  • B.

    ao estímulo português a conflitos entre índios Potiguaras e invasores.

  • C.

    à agressividade dos indígenas na luta entre portugueses e Tapuias.

  • D.

    à rivalidade existente entre os indígenas Tabajaras e Potiguaras.

  • E.

    aos constantes conflitos entre os franceses e os Tupis-Guaranis.

Segundo o historiador José Octávio de A. Mello, foram responsáveis pela ocupação do litoral e brejos e do interior da Paraíba, nos séculos XVI e XVII, respectivamente,

  • A.

    a sesmaria, grande propriedade produtora de algodão, e o binômio couro/tabaco.

  • B.

    a produção agrícola voltada para o comércio interno, e o binômio algodão/tabaco.

  • C.

    o latifúndio, unidade produtora de cana-de-açúcar, e o binômio pecuária/algodão no sertão.

  • D.

    o minifúndio, unidade produtora de alimento e matéria- prima, e a monocultura de açúcar no litoral.

  • E.

    a economia de subsistência, com base na mão de obra livre, e a agroindústria açucareira no sertão.

  • A.

    as inúmeras práticas indígenas de resistência à colonização portuguesa, no Sertão da Paraíba.

  • B.

    as práticas dos indígenas que contribuíram para seu desaparecimento do sertão paraibano.

  • C.

    algumas das faces do caráter dos indígenas, “ferozes guerreiros selvagens”, do Sertão da Paraíba.

  • D.

    as formas de hostilidade dos indígenas do sertão, despossuídos de valores e princípios civilizados.

  • E.

    alguns aspectos da cultura das populações que viviam no litoral, na época da conquista da Paraíba.

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