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Com o auxílio do texto, assinale a alternativa correta.
Os sentidos do sincretismo na formação da identidade brasileira consideram a contribuição primeira dos portugueses, a existência dos produtos culturais africanos e, por fim, a contribuição da cultura indígena pela sua unicidade.
A formação da identidade brasileira dista-se da formação do povo brasileiro. Instâncias que se divergem pelo aparato cultural, uma sobrepõe à outra em vários pontos.
Dentro da formação do povo brasileiro, a convivência pacífica dos vários povos resultou em um produto cultural homogêneo que dá conta de descrever a diversidade da identidade nacional.
Acerca de gestação étnica, pode-se fazer referências às diversas formas de miscigenação e trocas de informações de cunhos social, cultural, religioso. Dessa gestação, nasce uma identidade plural que se reinventa a cada dia.
Da pluralidade cultural brasileira, surgem debates sobre etnia, multiculturalismo, que, na esfera pública, promove diálogos intensos entre populações tradicionais e novas comunidades, como as indígenas, que, cada vez mais, inserem elementos de outras culturas em seu convívio.
Etimologicamente, o termo história, na língua portuguesa como nas neolatinas, de modo geral , discorre em torno de três sentidos distintos, articulados de acordo com as abordagens historiográficas. A respeito desses sentidos, assinale a alternativa incorreta.
O primeiro, e mais generalizado, refere-se ao conjunto das ações humanas no tempo, cuja efetuação se deve a razões e a decisões. Considera, também, períodos, espaços geográficos e contextos cronológicos.
Os três sentidos, embora distintos, dão consistência às abordagens históricas e, grosso modo, um sobrepõese ao outro. Assim, uma história pode ser ou não verdadeira, a partir da abordagem etimológica. Logo, a partir do neologismo, estória e história adquirem o mesmo significado.
O segundo sentido diz respeito ao procedimento formal de constituição do conhecimento científico relativo a partes desse conjunto. Também aqui se usa o termo história, embora se tenha registrado mais recentemente o uso crescente das expressões ciência histórica e história como ciência.
O terceiro sentido do uso do termo história tem a ver com o acervo produzido pela ciência histórica sob a denominação de historiografia. Também a esse conjunto de documentos, majoritariamente em forma escrita (mas não exclusivamente, pois inclui, por exemplo, as diversas variações do documento visual composto, como os filmes, notadamente os documentários), se chama história.
Enquanto ciência social, a história apresenta a construção de um esforço metódico com intenção de distinguir o caráter científico (controlável) do conhecimento obtido por procedimentos específicos de investigação da acepção de senso comum. Assim, as fontes historiográficas corroboram para a validação de um fato histórico.
Assinale a alternativa incorreta acerca da importância do historiador no panorama dos eventos historiográficos.
O historiador não cria personagens nem fatos. No máximo, os descobre, fazendo-os sair da sua invisibilidade. Tal descoberta se dá de várias formas: um registro escrito, pinturas, fotografias etc.
As diversas teorias alavancadas pelo historiador também permitem que exista um trânsito entre os acontecimentos, os espaços e os recortes históricos, pois o historiador não tem certeza absoluta de reconstruir um fato na tal temporalidade já escoada, irremediavelmente perdida e não-recuperável, do acontecido.
Historiadores podem, de vários modos, reconstruir o recorte histórico. Para isso, munem-se de várias ferramentas e procedimentos. Os historiadores também mediatizam mundos, conectando escrita e leitura e dando sentido aos fatos.
A formação de um historiador é determinante para sua atuação. Isso porque ele está incumbido de dar conta de esclarecer todos os eventos históricos, filtrando o que é ficcional e deixando evidente apenas aquilo que está no entendimento verdadeiro. Uma tese apresentada por um historiador não pode ser refutada.
O historiador precisa lançar olhares diversificados para os sujeitos do processo historiográfico. A título de exemplo, tem-se o caso do negro, recuperado como ator e agente da história desde algumas décadas, embora sempre tenha estado presente. Apenas não era visto ou considerado, tal como as mulheres ou outras tantas ditas minorias.
Acerca da mediação tempo/temporalidade e História, assinale a alternativa incorreta.
Para historiadores, tempo é tanto o elemento de articulação da narrativa historiográfica como é vivência civilizacional e pessoal. É, também, elemento essencial que articula as possibilidades entre o que é real e o que é ficcional.
Tempo, além de palavra, é um conceito de muitos significados, e, em alguns deles, empregado como sinônimo de passado, ciclos, duração, eras, fases, momentos ou mesmo história, o que contribui para o obscurecimento das discussões teóricas dos historiadores acerca dele e acaba confundindo o público leitor.
Para cada civilização e cultura, há uma noção de tempo, cíclico ou linear, presentificado ou projetado para o futuro, estático ou dinâmico, lento ou acelerado, forma de apreensão do real e do relacionamento do indivíduo com o conjunto de seus semelhantes, ponto de partida para a compreensão da relação homem/ natureza e homem/sociedade na perspectiva ocidental.
A relação entre o Tempo e a História é tema inesgotável, com questões, problemas e propostas analíticas, campo de conflito insolúvel entre filósofos e historiadores, que pode ser explorada sob múltiplos aspectos, cada um deles aparentemente encerrado em si mesmo, e, na prática, inter-relacionado com todos os outros.
Em História, tempo pode ser analisado como confronto entre a reflexão abstrata e o manejo empírico da construção documental; é questão ainda sem conclusão, parte integrante das reflexões filosóficas e das historiográficas, que se colocam em termos divergentes e opostos, mas que podem e devem ser complementados.
Acerca do panorama historiográfico universal, assinale a alternativa correta.
Com o advento da Idade Média, a historiografia sofre um retrocesso ao reapresentar relações teológicas que lhe imprimem um caráter providencialista, apocalíptico e pessimista. Deus passa a estar no centro das preocupações humanas. Ao resgatar as influências religiosas das sociedades do Oriente Médio, reproduz o Teocentrismo e o objeto principal do historiador passa a ser a relação do homem com o Filho de Deus e o mundo.
Com a chegada do Renascimento, mais precisamente no século XV, são percebidas grandes alterações na historiografia, tornando-se de novo o homem o objeto de estudo. Assiste-se a um ressurgimento da herança cultural da Antiguidade Clássica, acompanhado de um desenvolvimento muito sensível das ciências auxiliares da História, como, por exemplo, a Museologia, a Arqueologia, a Numismática ou a Biblioteconomia, por exemplo. É um novo tempo para a historiografia.
O século XXI apresenta uma nova abordagem para a História: a historiografia digital. Trata-se de uma possibilidade de abordar e analisar a historiografia utilizando as novas tecnologias de comunicação e informação (NTIC). Trata-se, também, de um novo estudo da escrita da História valendo-se dos recursos tecnológicos advindos com a Informática aplicados às Ciências Humanas. O historiador, ao valer-se dessa ferramenta, pode trabalhar de variados pontos sem a necessidade efetiva do deslocamento geográfico, pois, a partir da possibilidade dos dispositivos online, constrói seu trabalho utilizando como ferramenta básica um computador com acesso à Internet.
A Historiografia Liberal e Romântica surge na sequência do movimento liberal que ecoou a Europa em pleno século XIX. Sua grande intenção é estudar o homem, as sociedades e as cidades. Centrada em uma história de cunho regionalista, insere a subjetividade na narrativa histórica. Trata-se de um novo cenário para a divulgação cultural e há uma ampliação de diálogos entre os diversos públicos e os historiadores. Surgem novas narrativas de cunho historiográfico e o resgate de valores da Idade Média com vista à recriação de uma Nova História.
O século XVIII, influenciado pelo Neoclassicismo movimento que norteia a Revolução Francesa vai ser caracterizado pela atuação de grandes filósofos, tais como Voltaire, Montesquieu e Jean Jacques Rousseau, que lançariam as bases filosóficas para a Nova Historiografia. Essa, por sua vez, começa a preocupar-se em uma orientação do sentido dos estudos dos fatos, atribuindo-se mais importância ao estudo das sociedades do que propriamente das grandes personalidades.
Com o auxílio da ilustração a seguir, assinale a alternativa correta.
Na contemporaneidade, cada vez mais se torna importante perceber, no conhecimento historiográfico, diálogos com outras áreas do conhecimento ou aspectos delas oriundos. Assim, Geografia, Economia e Urbanismo, por exemplo, tecem uma teia de cunho interdisciplinar.
As relações entre o meio ambiente e a história do homem estão presentes desde os mais remotos tempos. Entretanto, é no século XXI que os olhares se voltam para a concepção de um mundo diverso e passível de reconstrução.
Pela figura, percebe-se a homogeneidade do espaço ocupado pelo homem. Para o historiador, a concepção do espaço cria a necessidade desse olhar único para os desdobramentos dos processos historiográficos.
O mundo concebido a partir do olhar historiográfico coexiste com a concepção singular do espaço do homem, e é nesse espaço que uma teoria de cunho historiográfico se constitui.
Em uma visão interdisciplinar, as várias formas de pensar a coexistência dos espaços geográficos e históricos advêm dos modos como se dá tal coexistência: o espaço social, onde se dão os desdobramentos históricos, pela sua singularidade, exige a transformação do espaço geográfico pela do homem e da natureza.
Considerando o texto acima, assinale a alternativa correta.
A história do espaço é marcada pela contradição, pois, até a oralidade, não existiam formas de delimitação do espaço e, também do tempo. Nesse sentido, a construção do espaço das sociedades pré-escrita é denominada por suposições.
Ao passar a estudar o espaço de uma sociedade, o historiador precisa estar consciente de que a cultura dessa sociedade só passa a ter sentido se analisada por um ângulo que permita a observação das representações das práticas nesse espaço e, também, o entendimento da importância desse espaço para a manutenção dessa cultura. Em síntese: não existe história sem espaço.
Para as civilizações primitivas, as relações com o espaço eram diferentes, pois, frente às intempéries e deslocamentos, o espaço nem sempre era percebido. Ele simplesmente existia.
Existem formas materiais específicas para relacionar o homem ao espaço: a delimitação por muros, fronteiras, por exemplo. Existem, também, formas imaginárias para esse registro. A fotografia, o desenho (a partir da cartografia, por exmplo) dão conta dessa diversidade. O espaço é a razão da história, pois o homem se exterioriza de um único modo: a partir de sua presença no espaço.
Acerca da relevância do museu no tocante ao diálogo mantido com a historiografia, assinale a alternativa incorreta.
Ao promover o diálogo entre tais áreas, a ideia de participar ativamente da produção de conhecimento por meio da interação com o público precisa levar o monitor ou supervisor das visitas não apenas a saber o que cada obra ou peça exposta representa em si, mas como ela pode estar inserida na vida do público e(ou) na sua percepção acerca da sociedade.
Ao imaginar a interação entre museu e historiografia, deve prevalecer a ideia primeira que o museu tem como objetivo preservar os objetos de interesse historiográfico. Esses objetos (mapas, documentos, móveis, obras de arte) refletem a noção de passado e, para tanto, os projetos de acesso às informações advindas desses objetos só podem ser atestadas com o aval do historiador.
Para tornar seu acervo significativo, o projeto educativo precisa visar à diversidade de seu público. Nesse sentido, ao privilegiar a pluralidade das informações que as pessoas têm acerca do acervo, as experiências no espaço do museu poderão ser mais intensas.
Deve-se pensar o museu não mais como um ambiente em que se guardam apenas coisas antigas, mas como um ambiente em que as experiências do público, por exemplo, têm papel fundamental para a dinâmica do próprio museu.
No espaço museal, é importante considerar que o público pode não adquirir um conhecimento imediato. As informações adquiridas podem ser acionadas em outros momentos, fortalecendo as ligações entre o acervo apresentado e os fatos que se constituem história.
Considerando o texto acima, assinale a alternativa incorreta.
Pelo texto, percebe-se a presença de um caráter historiográfico linear no sentido de construir um percurso cíclico que antecede a chegada dos portugueses.
A necessidade de mostrar-se denota aspectos de inserção no mundo globalizado.
As metáforas advindas com os diálogos possíveis entre real e imaginário, passado e futuro ou moderno e contemporâneo fogem dos limites da historiografia.
A importância de uma mostra dessa amplitude é, justamente, conscientizar-se para a diversidade do patrimônio que colabora para a riqueza dos registros historiográficos.
Os registros historiográficos de uma sociedade ou cultura, ao serem mostrados ao público, refletem, de vários modos, as relações entre a preservação, a manutenção e o acesso à história.
Acerca das inter-relações no campo da historiografia brasileira, julgue os itens abaixo e assinale a alternativa correta.
I A disseminação de atividades industriais no espaço urbano brasileiro ao longo de diferentes décadas vem oferecendo uma nova fisionomia, tanto do ponto de vista geográfico como da repartição de atividades econômicas. Para a historiografia, as relações entre as mudanças advindas com novas ocupações do espaço e novas ordenações sociais fazem parte de uma grande engrenagem que move um processo histórico.
II Para o historiador, as mudanças devem considerar os entraves políticos, sociais, econômicos ou culturais, por exemplo, que acabam levando o Estado a repensar seu novo papel de gestor da reestruturação socioespacial. Assim, a economia brasileira, em especial o setor industrial, sofre transformações típicas do processo de globalização e universalização do capital, adaptando-se às novas exigências mercadológicas.
III Para a Nova Historiografia, ao adentrar nos estudos de cunho econômico e social, em consonância com as novas realidades históricas, faz-se necessário considerar que o velho começa a dar lugar ao novo, e um novo cenário em plena transformação vai sendo desenhado, com base nas influências do mundo globalizado.
IV O papel do historiador brasileiro, assim como daqueles que estão em países subdesenvolvidos, está atrelado a todos os aspectos acima descritos; no entanto, sua limitação, enquanto cientista social, não permite reflexões ou interferências nos cenários entrevistos, uma vez que seu principal papel é descrever os fatos, sem jamais emitir opiniões que possam vir a desfigurar as características de um acontecimento.
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